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Educadores fazem elogios a plano, mas apontam lacunas
DO ENVIADO A BRASÍLIA
Educadores que assistiram à
apresentação do ministro Fernando Haddad elogiaram o fato
de o Plano de Desenvolvimento
da Educação ter foco principalmente na aprendizagem do aluno, com cobrança e avaliação
dos resultados. Alguns especialistas, porém, defendem instrumentos mais eficazes para cobrar das secretarias melhoria
na gestão educacional.
A ex-presidente do Inep (instituto de avaliação do MEC) no
governo FHC Maria Helena
Guimarães de Castro elogiou as
medidas, mas disse que apenas
premiar os municípios que
aceitarem mudança na gestão
educacional é pouco.
Para ela, o governo deveria
ser mais incisivo e também cobrar daqueles que não aderirem às propostas mais empenho para melhorar a educação.
Viviane Senna, presidente do
Instituto Ayrton Senna, elogiou a combinação dos critérios
de desempenho e fluxo num só
indicador, evitando que o prefeitos se preocupem só com
qualidade ou só com aprovação.
Ela defendeu, porém, que os
recursos básicos, como os do
fundo da educação básica, e não
só os extras, sejam distribuídos
de acordo com o desempenho.
Ricardo Paes de Barros, do
Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), citou como positivo o fato de o MEC
disponibilizar uma equipe técnica para atuar em municípios
mais pobres. Disse ter sentido
falta de uma integração maior
entre o setor público e o privado. Para ele, o investimento na
ampliação de creches poderia
ser combinado com compra de
vagas em instituições privadas.
A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais
de Educação, Maria do Pilar
Lacerda, avaliou que a proposta
do MEC de trabalhar com os
municípios mais pobres em
parceria será bem recebida pelos secretários de educação.
Ela criticou a meta reduzida
de financiamento em creches.
A proposta do governo é de
construir apenas 400 por ano.
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