São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2008

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SP e Alstom têm contratos de R$ 7,6 bi, diz PT

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado assinou 139 contratos -num total de R$ 7,6 bilhões- com o grupo Alstom de 1989 até 2008, segundo levantamento da liderança do PT na Assembléia. Segundo a análise, seis deles foram considerados irregulares pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
A soma de cinco contratos -um não teve valor declarado- chega a R$ 1,378 bilhão. Um deles, por exemplo, foi assinado em 2002 pela CPTM por R$ 154,7 milhões.
O PT pesquisou, no site do TCE, os contratos entre as 39 empresas do grupo e toda a administração. O valor original foi corrigido pelo IGP-DI.
Segundo a análise, 77 contratos (R$ 3,1 bilhões) foram assinados durante o governo Alckmin. Outros 40 são do governo Covas. Pelo menos quatro deles, um de 1989, foram aditados no governo Serra.
Dizendo-se disposto a "investigar a relação da Alstom com o tucanato", o líder do PT, Roberto Felício, apontou a trajetória do presidente da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista), José Colombo Martini, como exemplo das "ligações perigosas".
Segundo seu currículo, Martini foi diretor da Alstom e da Cegelec, empresa do grupo, de 1996 a 1999. Em 1999, assumiu a presidência da CTEEP, que ocupa até hoje, mesmo após a privatização.
Desde 1999, a CTEEP assinou 47 contratos com o grupo, somando R$ 333 milhões. Em nota, a CTEEP afirma que "está à disposição dos órgãos competentes para prestar quaisquer esclarecimentos a respeito de investigações de contratos com fornecedores da companhia, quando for solicitada".
O governo do Estado não se manifestou.


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