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PFL é recordista em número de escândalos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PFL é o partido que mais aparece nos escândalos de repercussão nacional ocorridos nos últimos anos, conforme levantamento realizado pela Folha.
De um total de 37 políticos acusados das mais diversas irregularidades e crimes, 15 são pefelistas.
O PPB de Paulo Maluf quase empata, com 13 nomes.
PMDB, PTB e PL têm dois nomes cada. PSDB, Prona e PSD
aparecem com um acusado cada.
O ex-deputado Saulo Queiroz,
membro da Executiva Nacional
do PFL, disse que todas as denúncias contra pefelistas foram ou estão sendo apuradas pela comissão
de ética do partido.
"O PFL está atento e tem preocupação constante em melhorar
seus quadros, tanto que impediu
a candidatura, nas próximas eleições, de pessoas que respondam a
processos ou sejam acusadas de
alguns crimes, como improbidade", disse.
Segundo Queiroz, o PFL "tomou todos os cuidados para não
promover a eleição de algumas
pessoas que possam depois comprometer a imagem do partido".
Ele afirmou que a comissão de
ética do partido eliminou dos seus
quadros todos os acusados cuja
culpa tenha ficado evidente.
Outras investigações estão em
andamento, segundo ele, como a
do ex-prefeito de Londrina Antônio Belinati, cassado.
Houve também quem se desligasse espontaneamente, como o
deputado José Aleksandro (AC),
que era suplente e assumiu a vaga
do deputado cassado Hildebrando Pascoal, também do PFL-AC.
O líder do PPB na Câmara,
Odelmo Leão (MG), afirmou que
não poderia comentar atos de vereadores ou deputados estaduais,
apenas de deputados federais
-Sérgio Naya e Augusto Farias.
Segundo ele, o que tinha de ser
feito em relação a Naya foi feito,
ele foi cassado e está sendo processado na Justiça. Quanto a Augusto Farias, disse, não há nenhuma acusação formal na Câmara,
portanto não há nada a fazer, inclusive porque não existe "nada
de concreto" contra ele.
Todos os nomes indicados no
levantamento da Folha são alvo
de inquérito policial, investigação
do Ministério Público ou de processos judiciais.
Todos foram eleitos. O único
que não ocupava cargo eletivo era
o ex-ministro Rafael Greca, que
foi eleito deputado federal e reassumiu o mandato depois de deixar o ministério.
As principais acusações são narcotráfico, homicídio qualificado e
corrupção. Muitos foram absolvidos em processos de cassação de
mandato, mas continuam sendo
acusados pelo Ministério Público.
Os casos mais rumorosos foram
o de Hildebrando e o do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
O primeiro é acusado de liderar
um grupo de extermínio e de comandar o narcotráfico no Acre. O
segundo é apontado como um
dos principais responsáveis pelo
desvio de R$ 169,5 milhões da
obra do TRT-SP.
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