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Adultos preferem a democracia; jovens revelam mais indiferença
DA REDAÇÃO
Uma análise mais atenta dos resultados da pesquisa indica que o
maior apoio ao regime democrático (50%) ocorre entre as pessoas
de 35 a 44 anos, que passaram a
juventude sob o regime militar.
Os mais jovens, que não viveram nos "anos de chumbo", são
os mais indiferentes ao tipo de regime (35%). Por fim, os mais idosos, que viveram os conflitos que
precederam a instauração do regime militar, são os mais favoráveis a uma ditadura (21%).
Quanto à distribuição por sexo,
entre os homens são encontradas
as maiores taxas de apoio à democracia (50%) e à ditadura (22%),
enquanto as mulheres tendem a
ser mais indiferentes (34%).
É também notável a correlação
entre o grau de instrução e a defesa do regime democrático. O
apoio permanente à democracia
cresce de 40% entre os eleitores
com o 1º grau para 55% entre
aqueles que têm o 2º grau, atingindo o máximo de 71% entre as
pessoas com nível superior.
Quanto menor o grau de instrução, maior a indiferença em relação ao regime político. Apenas
8% dos eleitores com curso superior acham que tanto faz uma ditadura ou uma democracia. Essa
proporção cresce para 26% entre
aqueles que fizeram o 2º grau, e
atinge 32% entre as pessoas que
só estudaram até o 1º grau.
Entre os Estados, a maior proporção de adeptos do regime democrático é encontrada no Distrito Federal (57%), com Santa Catarina em segundo lugar (52%). Já a
maior taxa de pessoas que apóiam
a instauração de uma ditadura está no Rio Grande do Sul (26%).
Os Estados do Nordeste são
aqueles em que se manifesta o
maior grau de indiferença. Em
Pernambuco, 33% dos eleitores
acham que tanto faz uma ditadura ou uma democracia, opinião
compartilhada por 31% dos baianos e 31% dos cearenses.
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