|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Paralisação do INSS deixa 63 mil sem atendimento em 6 Estados
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) tem deixado de
atender diariamente cerca de 63
mil pessoas no Estado de São Paulo e nas capitais de Alagoas, Bahia,
Ceará, Pernambuco e Rio Grande
do Sul, por causa da greve dos servidores federais, que entrará hoje
no oitavo dia. A paralisação, por
tempo indeterminado, é um protesto contra a reforma da Previdência encaminhada ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os servidores querem
a retirada do projeto.
De acordo com levantamento
da superintendência do INSS de
São Paulo, a adesão tem crescido
no interior do Estado desde que a
greve começou, no último dia 8. O
protesto fechou ontem 32,2% dos
118 postos de atendimento do
INSS no interior, contra 15,25%
no primeiro dia da manifestação.
A paralisação é grande na cidade de São Paulo, onde 23, das 27
agências do INSS, pararam completamente ontem. Outras duas
tiveram funcionamento parcial e
só duas abriram as portas. Nas 13
agências da Grande São Paulo, sete suspenderam o atendimento.
Em todo o Estado, 44 mil pessoas
deixam de ser atendidas por dia.
A greve ontem também foi marcado pelos primeiros sinais de
adesão entre os servidores da Saúde. O posto de atendimento médico "Várzea do Carmo", considerado um dos maiores de São Paulo, com cerca de 800 atendimentos por dia, parou parcialmente,
pela manhã. Os servidores federais querem manter o protesto
por tempo indeterminado.
No posto também estão lotados
servidores estaduais, cuja maioria
trabalhou normalmente ontem.
Em cinco capitais onde a adesão
dos servidores da Previdência Social atingiria 100% dos profissionais, segundo os próprios sindicatos da categoria, cerca de 19 mil
pessoas estão deixando de ser
atendidas diariamente.
No Rio Grande do Sul, onde a
média de atendimentos é de 3.000
pessoas por dia, os seis postos de
serviço de Porto Alegre não funcionam há uma semana. O movimento grevista é forte também
em Pelotas, Rio Grande e Santa
Maria, de acordo a direção do Sindisprev-RS. Nenhum serviço ao
público estaria sendo realizado,
segundo a entidade.
Em Maceió (AL), 1.800 pessoas
estão sendo prejudicadas todos os
dias pelo fechamento das três
agências locais. Apenas a liberação de pagamento de segurados
está sendo feita, segundo informações do Sindisprev-AL.
No Ceará, outro Estado que tem
conseguido adesão total à greve,
cerca de 1.500 pessoas não estão
sendo atendidas por dia nos oito
postos de Fortaleza. De acordo
com Vera Level, da direção do
Simprece, alguns serviços via internet e informações básicas ao
público eram possíveis até ontem.
As paralisações afetam totalmente também os serviços previdenciários em Recife e em Salvador. Nas duas capitais, cerca de 11
mil pessoas deixam de receber assistência nos postos de atendimento diariamente.
A assessoria de imprensa da
Previdência Social em Brasília informou que ainda não há um balanço oficial sobre os reflexos das
paralisações pelos Estados.
Colaborou a Agência Folha
Texto Anterior: Ponto pode ser cortado, dizem advogados Próximo Texto: Indicado por Lula ao STF critica a reforma Índice
|