São Paulo, quinta-feira, 16 de julho de 2009

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Órgão tem duas baixas já no primeiro dia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No mesmo dia em que foi instalado, o Conselho de Ética do Senado já sofreu duas baixas. Os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e João Ribeiro (PR-TO) renunciaram às suas vagas no colegiado.
Valadares tomou a decisão após ser informado de que não seria mais indicado para presidir o órgão. Ribeiro não justificou sua saída. O conselho tem 15 integrantes, 10 governistas e 5 da oposição.
Candidato do líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), Valadares foi vetado por Renan Calheiros (PMDB-AL), que preferiu indicar Paulo Duque (PMDB-RJ), da sua tropa de choque. "A responsabilidade pelo desdobramento quanto à presidência do Conselho de Ética, no que se refere à base, passa a ser inteiramente da bancada do PMDB", respondeu, em nota, Mercadante. Haverá em agosto nova eleição para preencher as duas vagas.
Pelo regulamento do conselho, caberá ao bloco liderado pelo líder petista a relatoria dos processos contra o presidente do Senado, José Sarney, caso ocorram as investigações. Isso porque o relator não pode ser do partido do representante (no caso o PSOL e o PSDB) nem do representado (PMDB). O medo das urnas estaria afastando do conselho alguns parlamentares que temem pressões para livrar Sarney. Entre os senadores da base, 6 dos 10 integrantes do órgão encerram seus mandatos em 2011.
Em agosto, o conselho irá deliberar sobre duas representações do PSOL que pedem a cassação dos mandatos de Sarney e do líder do PMDB, Renan Calheiros, por quebra de decoro pelos atos secretos produzidos presidiram a Casa. Sarney está no terceiro mandato.
Há ainda três denúncias do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Uma delas reúne 18 acusações contra Sarney, como o recebimento irregular de auxílio-moradia. As demais se referem ao suposto desvio de recursos da Petrobras para a Fundação Sarney e à empresa do neto dele, que atuava no mercado de crédito consignado do Senado.


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