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Órgão tem duas baixas já no primeiro dia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mesmo dia em que foi instalado, o Conselho de Ética do
Senado já sofreu duas baixas.
Os senadores Antonio Carlos
Valadares (PSB-SE) e João Ribeiro (PR-TO) renunciaram às
suas vagas no colegiado.
Valadares tomou a decisão
após ser informado de que não
seria mais indicado para presidir o órgão. Ribeiro não justificou sua saída. O conselho tem
15 integrantes, 10 governistas e
5 da oposição.
Candidato do líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP),
Valadares foi vetado por Renan
Calheiros (PMDB-AL), que
preferiu indicar Paulo Duque
(PMDB-RJ), da sua tropa de
choque. "A responsabilidade
pelo desdobramento quanto à
presidência do Conselho de
Ética, no que se refere à base,
passa a ser inteiramente da
bancada do PMDB", respondeu, em nota, Mercadante. Haverá em agosto nova eleição para preencher as duas vagas.
Pelo regulamento do conselho, caberá ao bloco liderado
pelo líder petista a relatoria dos
processos contra o presidente
do Senado, José Sarney, caso
ocorram as investigações. Isso
porque o relator não pode ser
do partido do representante
(no caso o PSOL e o PSDB) nem
do representado (PMDB). O
medo das urnas estaria afastando do conselho alguns parlamentares que temem pressões
para livrar Sarney. Entre os senadores da base, 6 dos 10 integrantes do órgão encerram
seus mandatos em 2011.
Em agosto, o conselho irá deliberar sobre duas representações do PSOL que pedem a cassação dos mandatos de Sarney
e do líder do PMDB, Renan Calheiros, por quebra de decoro
pelos atos secretos produzidos
presidiram a Casa. Sarney está
no terceiro mandato.
Há ainda três denúncias do
líder do PSDB, Arthur Virgílio
(AM). Uma delas reúne 18 acusações contra Sarney, como o
recebimento irregular de auxílio-moradia. As demais se referem ao suposto desvio de recursos da Petrobras para a
Fundação Sarney e à empresa
do neto dele, que atuava no
mercado de crédito consignado
do Senado.
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