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São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2003

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Pastoral e MST atacam suspensão de desapropriação

DA AGÊNCIA FOLHA
DA REDAÇÃO

Dizendo-se "inconformada" e "indignada" com a decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou a desapropriação de uma área em São Gabriel (RS), a Comissão Pastoral da Terra rotulou de "cega" e "insensível" a Justiça brasileira. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) disse que "a mesquinhez venceu a esperança. A injustiça esmagou a Constituição".
Em nota, a CPT diz que o STF "premiou o latifúndio, os sonegadores de impostos e os que não cumprem seus compromissos financeiros".
Para a pastoral, a decisão do STF indicou um caminho aos sem-terra: "O caminho da lei é o caminho da frustração, pois quando o latifúndio estiver ameaçado, as leis serão jogadas no lixo, e tudo será resolvido em julgamentos meramente políticos".
A nota do MST diz que os dez ministros do Supremo que decidiram a questão "buscaram argumentos para defender um homem que sozinho possui 13 mil hectares, que impediu que suas terras improdutivas fossem vistoriadas pela lei, que bloqueou estradas para que a lei não fosse cumprida, que fugiu para não receber a notificação da vistoria".
O presidente do Supremo, Maurício Corrêa, não quis comentar as críticas.


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