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Pastoral e MST atacam suspensão de desapropriação
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REDAÇÃO
Dizendo-se "inconformada" e "indignada" com a decisão do Supremo Tribunal
Federal que anulou a desapropriação de uma área em
São Gabriel (RS), a Comissão Pastoral da Terra rotulou de "cega" e "insensível" a
Justiça brasileira. O MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) disse que "a mesquinhez venceu a esperança. A injustiça
esmagou a Constituição".
Em nota, a CPT diz que o
STF "premiou o latifúndio,
os sonegadores de impostos
e os que não cumprem seus
compromissos financeiros".
Para a pastoral, a decisão
do STF indicou um caminho
aos sem-terra: "O caminho
da lei é o caminho da frustração, pois quando o latifúndio estiver ameaçado, as leis
serão jogadas no lixo, e tudo
será resolvido em julgamentos meramente políticos".
A nota do MST diz que os
dez ministros do Supremo
que decidiram a questão
"buscaram argumentos para
defender um homem que
sozinho possui 13 mil hectares, que impediu que suas
terras improdutivas fossem
vistoriadas pela lei, que bloqueou estradas para que a lei
não fosse cumprida, que fugiu para não receber a notificação da vistoria".
O presidente do Supremo,
Maurício Corrêa, não quis
comentar as críticas.
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