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PSDB reage a PT e é atacado por Maluf
DA REDAÇÃO
Os tucanos reagiram ontem à
inflexão da campanha do PT no
horário gratuito, que desde segunda-feira reforçou os ataques a
José Serra. A estratégia foi vincular as críticas à subida do PSDB
nas pesquisas eleitorais. Como
Marta Suplicy (PT) na segunda,
Paulo Maluf (PP) também fez discurso contra o tucano.
"Agora, é Serra." A referência ao
slogan petista da 2002, quando o
tucano perdeu para o presidente
Lula, foi da apresentadora que
abriu o programa do PSDB. A
mensagem: "não era justo" que
Serra, um "homem de bem", que
agora melhorava desempenho na
disputa, fosse atacado. "Até o marido da prefeita resolveu atacar."
Os ataques de Luis Favre (ele chamou Serra de reacionário, entre
outras coisas), relatados pela Folha, viraram inserção tucana.
O próprio Serra tentou capitalizar os ataque a favor. Disse que tinha compromisso em fazer uma
"campanha limpa" e que só respeitava as "críticas construtivas".
No discurso, porém, manteve ataques à prefeitura: mencionou os
"coqueiros" e a "propaganda",
dois dos motes tucanos para criticar a gestão Marta Suplicy.
Na segunda, Marta atacou diretamente Serra para falar mal da
educação estadual. Ontem, após
reprodução de jornal em que Serra chamava os CEUs de "caros",
uma moça respondia, exaltada:
"Caro porque é para pobre".
Os petistas exibiram também
números da ONU, de 1998 a 2002,
sobre crescimento da dengue, e
até da lepra, para aplacar a reputação de "melhor ministro da
Saúde", trunfo adversário. A estratégia petista é tentar, agora, dividir o ônus do desempenho da
saúde com os tucanos.
No rádio, todo o programa petista foi dedicado a responder e a
atacar Serra. Em rebate às versões
de jingles contra "dona Marta",
que agora também aparecem na
TV, o PT ironizou o tempo gasto
com músicas: "É campanha ou
concurso para compositor?".
Maluf
Após dias de performances apagadas, Maluf apareceu para criticar o candidato tucano. Disse que
Serra não tinha programa para
criar empregos nem projeto de
obras. Duas hipóteses podem
orientá-lo: o acordo de não-agressão e apoio que teria fechado com
o PT, que o ex-prefeito nega, ou a
percepção de que só assim pode
tentar estancar a sangria de seus
votos para o PSDB.
Punições
Marta, que exerceu direito de
resposta no programa de Luiza
Erundina (PSB), teve recurso negado pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) ontem. O tribunal manteve a condenação dela ao pagamento de multa de R$ 53 mil por
propaganda eleitoral antecipada.
Ela foi condenada pelo Tribunal
Regional Eleitoral de São Paulo
por uso do programa estadual do
PT, em 14 de junho último, para
promover a sua candidatura à
reeleição.
(FM)
Colaborou a Sucursal de Brasília
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