São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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PF quer ouvir tucano sobre sanguessugas

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

A PF informa que tomará depoimento do ex-ministro da Saúde e atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), para apurar suposto envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Ele foi alvo do dossiê, que também visava envolver com a máfia o tucano José Serra.
A PF não sabe até hoje a origem do dinheiro que apreendeu (US$ 248,8 mil mais R$ 1,168 milhão). As informações foram obtidas com um investigador que atuou no caso e que prefere ficar anônimo.
O escândalo levou a PF a abrir inquérito para apurar o envolvimento do empresário Abel Pereira (ligado a Barjas Negri e morto em junho) com a máfia dos sanguessugas.
Denunciado como líder da máfia dos sanguessugas, o empresário Luiz Antonio Vedoin, de Cuiabá, produziu, segundo a PF, um dossiê contra tucanos para vender a petistas.
A máfia dos sanguessugas, desmontada em maio de 2006, pagava propina a parlamentares por emendas ao Orçamento para comprar ambulâncias. O inquérito voltará à Justiça Federal em Cuiabá. O procurador da República Mário Lúcio Avelar decidirá se denuncia Lacerda, Gedimar, Valdebran e dois donos da casa de Câmbio Vicatur, do Rio, de onde teriam saído os dólares. "Vamos analisar se há provas. É uma obviedade que não se sabe a origem do dinheiro", diz Avelar.
A assessoria de Barjas Negri não se manifestou. Em nota de setembro, ele afirmou: "Abel Pereira não operava no ministério e não tinha autorização para falar em meu nome".


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