São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Acusar campanha de preconceito é "absolutamente indigno", diz Marta

Para candidata, propaganda que questiona vida de Kassab não é "abusada"

RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

A candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) classificou ontem de "indigna" a interpretação de que sua campanha tenha sido preconceituosa ao questionar aspectos da vida pessoal do adversário, Gilberto Kassab (DEM).
"Vi hoje a peça e não achei que era abusada", disse Marta em entrevista ao SPTV, da TV Globo, afirmando que foi uma das pessoas que mais lutou pelos direitos das mulheres, gays e negros. "É absolutamente indigno o que estão fazendo."
Marta almoçou ontem com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que lhe prestou solidariedade, embora tenha considerado a propaganda um "equívoco".
Mais cedo, Marta chorou ao ouvir um rap composto para ela por Jonattan de Oliveira da Silva, 11, e mais dois irmãos. "É por isso que vale a pena agüentar tudo o que tenho que agüentar em uma campanha", disse, sob lágrimas, em cima de um carro de som no bairro Tucuruvi (zona norte).
Em seus eventos de rua, ela mais uma vez elevou o tom contra Kassab. "É esse o prefeito de São Paulo, que cria um "muro de Berlim" e deixa essa gente carente nessa situação", disse Marta, exaltada, na Vila Nilo (norte). Lá, um muro separa a parte urbanizada de outra, com barracos erguidos desordenadamente sobre o chão de terra.
Sobre a pesquisa Ibope, que aponta vantagem pró-Kassab de 12 pontos percentuais, ela comemorou, já que o Datafolha do dia 12 apontava diferença de 17 pontos. "No debate [da TV Band] mostrei com clareza a diferença entre o prefeito Kassab, que veta projetos bons, e o da propaganda, que promete fazer tudo o que vetou."


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