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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Acusar campanha de preconceito é "absolutamente indigno", diz Marta
Para candidata, propaganda que questiona vida de Kassab não é "abusada"
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
A candidata à Prefeitura de
São Paulo Marta Suplicy (PT)
classificou ontem de "indigna"
a interpretação de que sua campanha tenha sido preconceituosa ao questionar aspectos da
vida pessoal do adversário, Gilberto Kassab (DEM).
"Vi hoje a peça e não achei
que era abusada", disse Marta
em entrevista ao SPTV, da TV
Globo, afirmando que foi uma
das pessoas que mais lutou pelos direitos das mulheres, gays
e negros. "É absolutamente indigno o que estão fazendo."
Marta almoçou ontem com o
ministro Carlos Minc (Meio
Ambiente), que lhe prestou solidariedade, embora tenha considerado a propaganda um
"equívoco".
Mais cedo, Marta chorou ao
ouvir um rap composto para ela
por Jonattan de Oliveira da Silva, 11, e mais dois irmãos. "É
por isso que vale a pena agüentar tudo o que tenho que agüentar em uma campanha", disse,
sob lágrimas, em cima de um
carro de som no bairro Tucuruvi (zona norte).
Em seus eventos de rua, ela
mais uma vez elevou o tom contra Kassab. "É esse o prefeito de
São Paulo, que cria um "muro
de Berlim" e deixa essa gente
carente nessa situação", disse
Marta, exaltada, na Vila Nilo
(norte). Lá, um muro separa a
parte urbanizada de outra, com
barracos erguidos desordenadamente sobre o chão de terra.
Sobre a pesquisa Ibope, que
aponta vantagem pró-Kassab
de 12 pontos percentuais, ela
comemorou, já que o Datafolha
do dia 12 apontava diferença de
17 pontos. "No debate [da TV
Band] mostrei com clareza a diferença entre o prefeito Kassab, que veta projetos bons, e o
da propaganda, que promete
fazer tudo o que vetou."
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