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Governo deve adotar mudanças
da Sucursal de Brasília
O governo pretende adotar a
partir do próximo ano mudanças
no programa de privatização para
pulverizar a venda de ações das
empresas estatais.
A idéia é incluir nesse mecanismo somente a parcela de ações
que exceder o controle acionário
das empresas, disse o ministro
Martus Tavares (Planejamento,
Orçamento e Gestão).
""As mudanças serão aplicadas
na venda das ações que excederem o bloco de controle. Com isso, mais pessoas serão beneficiadas com participação no capital
da empresa", afirmou. Segundo
ele, o novo modelo ainda está sendo discutido pelo CND (Conselho
Nacional Desestatização).
Se aprovadas as mudanças, elas
serão implementadas nas privatizações de 2000, quando o governo
estima que serão arrecadados R$
20 bilhões com a venda de estatais
da União, dos Estados e dos municípios. Em princípio, a venda
pulverizada valerá somente para
as estatais federais.
Deverão ser vendidas de maneira pulverizada ações da Companhia Vale do Rio Doce, já privatizada, e da Petrobras, que não está
incluída no programa de desestatização. Esse mecanismo de venda também deverá ser aplicado na
venda de empresas elétricas como
Furnas e Eletronorte.
Tavares disse que a receita com
privatização neste ano -agora
estimada em R$ 11 bilhões- ficou abaixo dos R$ 13 bilhões previstos inicialmente porque houve
atraso no cronograma.
A expectativa para o próximo
ano é mais otimista. Segundo ele,
as últimas turbulências na área de
preços, que acabaram puxando
para cima a inflação, não vão se
repetir. Com isso, os investidores
estrangeiros terão mais motivos
para aplicar recursos no Brasil.
No começo de dezembro, Tavares e sua equipe vão iniciar uma
série de encontros com investidores estrangeiros interessados em
aplicar recursos no país. As primeiras reuniões discutirão o potencial dos setores elétrico e de
transporte rodoviário.
Responsável pelo Orçamento
do governo federal, o ministro
disse que as pressões por liberação de recursos aumentaram nas
últimas semanas, mas que elas
não vieram só dos parlamentares.
Segundo ele, as restrições orçamentárias neste ano foram muito
grandes devido ao ajuste nas contas do governo. ""As pressões são
legítimas", disse. Para o próximo
ano, quando se espera um crescimento econômico de 4%, as verbas previstas no Orçamento serão
executadas plenamente, afirmou.
(VIVALDO DE SOUZA)
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