São Paulo, Terça-feira, 16 de Novembro de 1999
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DESERTIFICAÇÃO

Começa em Olinda conferência das Nações Unidas para discutir o tema

Brasil perde US$ 300 mi com seca

da Agência Folha

Estudo do Ministério do Meio Ambiente revela que o Brasil perde, anualmente, cerca de US$ 300 milhões com a desertificação, que atinge principalmente os Estados da região Nordeste e do norte de Minas Gerais.
A informação foi divulgada no dia de abertura da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Desertificação e Seca (COP3), que começou em Olinda e vai se estender até 25 de novembro.
Segundo o ministro José Sarney Filho (Meio Ambiente), o país precisaria investir US$ 2 milhões ao ano, por um período de 20 anos, para reverter esse prejuízo.
Dados da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) mostram que o Brasil registrou uma perda de aproximadamente R$ 16,45 bilhões com a agricultura e a pecuária na região Nordeste nesta década quase o mesmo montante do PIB agropecuário do ano passado. Os valores foram atualizados a preços médios de 98.

Abertura
Em discurso durante a abertura da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Desertificação e Seca (COP3), ocorrida ontem em Olinda (PE), Sarney Filho cobrou ações práticas da convenção no combate à desertificação e à seca em todo o planeta.
"É preciso ultrapassarmos a fase de construção das estruturas da convenção para alcançarmos a etapa de sua plena implementação, chegando, de fato, ao atendimento às comunidades atingidas pela seca e pela desertificação", declarou.
Na solenidade, o presidente em exercício, Marco Maciel, fez um apelo para que os países ricos que ainda não ratificaram a convenção façam-no durante este encontro. Ele observou que o crescimento da desertificação faz crescer o fluxo migratório em direção aos países ricos.
A COP3, organizada e dirigida pela ONU (Organização das Nações Unidas), acontece até o dia 26 deste mês no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Cerca de 3.000 representantes de 190 países devem participar da conferência, que contou ontem com a presença do presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, Theo Ben Gurirab.
No fim da tarde, o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, foi eleito presidente da COP3. No dia 22, ele transfere suas atividades para Recife, onde despachará com toda a equipe do ministério até o dia 26, último dia do evento.


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