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OUTRO LADO
Família se
diz vítima de
perseguição
do enviado especial
A família Pascoal diz que está
indignada e que tudo o que está
acontecendo é pura perseguição política. "O que querem é
acabar com a família Pascoal. E
estão fazendo isso pouco a
pouco", afirmou a procuradora Vanda Denir Milani Nogueira, cunhada de Hildebrando
Pascoal, num "desabafo" comum aos membros da família
que foram ouvidos pela Folha
na última semana.
Todos são unânimes em afirmar que as investigações da
polícia e da Justiça não vão provar o envolvimento de Hildebrando ou de qualquer outro
membro da família com o narcotráfico. Afirmam também
que ninguém da família tem
bens que seriam compatíveis
com quem trafica cocaína.
De acordo com Sete Pascoal,
um dos oito irmãos de Hildebrando, o ex-deputado jurou
inocência e disse "ainda acreditar na Justiça", embora reclame
que ela só ouça marginais.
"Agora, só Deus!", disse Sete,
reproduzindo palavras de Hildebrando ouvidas na semana
passada, quando ficou detido
em Rio Branco. O ex-deputado
é ligado à Igreja Batista e, segundo a família, mantém em
dia leituras da Bíblia.
Hildebrando afirma que "a
desgraça da família" começou
quando eles tiveram projeção
política e passaram a ameaçar,
politicamente, feudos antigos.
O ex-deputado sonhava em ser
governador do Acre e ter irmãos e primos como senadores e deputados.
O maior dos inimigos políticos da família é o governador
do Acre, Jorge Viana (PT). Segundo os Pascoal, foi a partir
da vitória dele que tudo começou a ser desencadeado.
Entre outros inimigos, a família aponta o ex-bispo de Rio
Branco d. Moacyr Grecch, o
delegado da Polícia Civil Carlos
Bayma e o desembargador
aposentado Gersino da Silva
Filho (que desencadeou a avalanche de denúncias).
Também aparecem na lista o
procurador da República Luiz
Francisco Fernandes de Souza,
que coordenou os primeiros
trabalhos de investigação, e o
delegado da PF Jones Ferreira
Leite, que começou as investigações. Ambos continuam à
frente do caso.
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