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Aécio brinca com situação de ministros mineiros
DO ENVIADO A POÇOS DE CALDAS (MG)
O governador de Minas Gerais,
Aécio Neves (PSDB), brincou ontem com o número de mineiros
no ministério de Luiz Inácio Lula
da Silva, insinuando que se ressaltasse a quantidade de conterrâneos, eles poderiam ser afastados
na reforma ministerial.
Após citar os nomes de Dilma
Roussef (Minas e Energia), chamada de "conterrânea" e de Anderson Adauto (Transportes) e
antes de passar a Walfrido Mares
Guia (Turismo), Aécio declarou,
em tom jocoso: "Não vou falar
que é mineiro também, senão vão
achar que Minas está muito bem
representada no ministério, e aí
acaba ficando fora na reforma".
Todos estavam presentes à cerimônia. A seguir Aécio citou Nilmário Miranda (Direitos Humanos), que também é mineiro, e comentou sobre José Graziano (Segurança Alimentar): "Que não é
mineiro, viu presidente?".
O governador de Minas e Lula
trocaram afagos durante a cerimônia, sempre acompanhados de
perto pelo prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT).
Especula-se que o tucano Aécio
poderia apoiar a reeleição de Pimentel nas eleições deste ano.
Já o presidente lembrou os passeios de charrete que fez com a
primeira-dama, Marisa Letícia,
na cidade. "Vim a primeira vez
aqui em lua-de-mel, em 1969. Não
sei se ainda trafegam charretes
por aqui, mas era normal a gente
pegar charrete para ver o véu-da-noiva, a cachoeira das antas. Fiz
tudo isso de charrete", disse.
Lula criticou a "megalomania
dos anos 70" e elogiou as pequenas hidrelétricas e as formas alternativas de geração de eletricidade
-como a energia eólica. Ele defendeu o sistema de geração de
energia de Poços de Caldas, governada pelo correligionário Paulo Tadeu (PT), todo baseado em
pequenas usinas.
Prometeu o lançamento de um
programa de "energias alternativas, como pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e de biomassa". Segundo o presidente, o país
tem mais de 1.500 pequenas hidrelétricas desativadas, e "muitas
poderiam ser reativadas".
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