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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Intenção é fazer campanha em fevereiro para atrair votos de peemedebistas nas prévias
Garotinho deixará governo Rosinha no fim deste mês
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho vai deixar a secretaria de Governo da mulher,
Rosinha Matheus, no dia 31 para
se dedicar exclusivamente à campanha para as prévias do PMDB,
marcadas para 5 de março. A
idéia é passar fevereiro percorrendo os Estados na tentativa de obter o apoio da maior parte dos 20
mil delegados com direito a voto
para a sua pré-candidatura à Presidência da República.
Ele já vinha fazendo isso, porém
de modo limitado, principalmente nos fins de semana. O início da
campanha efetiva junto à população ocorreria em abril, em caso de
vitória. Um dos enfoques principais de Garotinho mês que vem
vai ser São Paulo, onde avalia que
precisa melhorar o desempenho.
"Queria sair do governo desde
dezembro. Preciso ter contato
com lideranças do PMDB para
desfazer a onda de boatos criados
contra mim por um pequeno grupo que quer empurrar o partido
para os braços do PT. Vou procurar senadores, governadores e
candidatos, e isso vai exigir tempo", explicou.
Garotinho vai deixar a posição
de supersecretário que ocupa desde dezembro de 2004, após sair da
delicada pasta da Segurança Pública, em setembro. A mudança
ocorre em um momento de reforma do secretariado do Rio, provocada por candidaturas de integrantes do primeiro escalão.
Além de Garotinho, ao menos
dez outros secretários devem deixar o cargo, o que pode fragilizar o
fim do mandato da governadora
Rosinha Matheus. A reforma parcial do governo estava prevista
para 31 de dezembro, mas foi
adiada em um mês por causa do
fim do ano. "Nem todos sairão
agora", ressalva. Para ele, as mudanças não vão desestabilizar a
gestão de Rosinha.
Garotinho esteve ontem em São
Paulo, iniciando contatos com
membros do PMDB. Uma reunião do partido dia 24, em Brasília, define a data das prévias, onde
deve enfrentar Germano Rigotto,
governador do Rio Grande do Sul.
O ex-governador defende o adiamento do embate, porque 5 de
março é o primeiro domingo
após o Carnaval. Ele acredita que
a data mude para 19 de março.
"Os governistas querem a disputa em maio, o que inviabilizaria
o candidato do PMDB, uma vez
que PT e PSDB vão iniciar campanha em março. Mas creio que o
espírito de unidade que tem tomado o partido nas últimas horas
mude isso. Estão sentindo que o
governo Lula é um barco à deriva
e ninguém quer embarcar: está
derretendo a uma velocidade impressionante", afirmou. Ele contou que "ilustres componentes
governistas" lhe telefonaram no
fim de semana dizendo estar repensando a questão.
Garotinho considera Rigotto
seu rival mais forte e diz não acreditar que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, dispute as prévias. Ele lembrou a possibilidade de os governadores Roberto Requião (PR),
Jarbas Vasconcellos (PE) e Joaquim Roriz (DF) participarem.
Segundo o ex-governador do
Rio, pesquisas o apontam como
favorito. "Sou o melhor candidato
para o partido em São Paulo porque serei quem vai trazer votos
para o Quércia. Se em 2002 tive 3
milhões de votos, imagina agora
com o Quércia", afirmou.
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