Governador de SP diz que acordo entre eles "não só é possível como é certo"

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
MARCO BAHÉ
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Os governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) participaram ontem do mesmo evento em Recife e tentaram negar que, apesar do desejo de ambos de disputar a eleição presidencial de 2010, haja racha no partido.
"Se alguém me vir com um dedo no olho de Aécio é porque estou tirando um cisco", disse Serra, ao lado do governador mineiro. Aécio havia acabado de dizer que o PSDB estará unido em 2010, "até para desconforto e desencanto de alguns que torcem pelo contrário".
"O que tenho defendido é que mobilizemos as bases partidárias e voltemos a falar com setores da sociedade. Considero as prévias um instrumento último, se necessário, para definição não só de nome como também de propostas", disse Aécio.
Serra afirmou que um acordo entre os dois "não só é possível como é certo". "Eu não vim aqui para reforçar a unidade. Ela já existe no partido. O PSDB vai encontrar o caminho junto às forças que caminham conosco", completou.
As declarações foram feitas durante o lançamento do livro "Daquilo Que Eu Sei - Tancredo e a Transição Democrática", do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra.
Os dois governadores lembraram, em discurso, de situações vividas com Tancredo e com o autor do livro, que foi um dos principais articuladores da candidatura do avô de Aécio à Presidência da República no Colégio Eleitoral de 1985.
A visita do mineiro ao lançamento estava programada desde o início da semana passada. Antes de irem ao evento, eles acompanharam a posse do novo presidente da regional Pernambuco do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB.
Aécio afirmou que teve de readequar sua agenda após Serra aceitar seu convite de acompanhá-lo a Recife.
Ainda à noite, eles tinham programado participar de reunião com líderes do PSDB e aliados na sede do partido e de um jantar na casa do presidente nacional da sigla, senador Sérgio Guerra (PE).


Texto Anterior: Ministro nega interpretação sobre decisão
Próximo Texto: Rio Grande do Sul: Promotoria vai apurar suposto grampo em assessor de Yeda
Índice