|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Das crianças que trabalham, 48,6% não têm salário
DA SUCURSAL DO RIO
Do grupo das crianças e
adolescentes que trabalham
no Brasil, 48,6% não são remuneradas. Esse percentual
chega a 92% quando a faixa
etária analisada é a mais baixa, que compreende crianças de cinco a nove anos. Segundo a pesquisa, a atividade remunerada cresce à medida que aumenta a faixa
etária. O trabalho infantil
não-remunerado prevalece
nas áreas rurais, onde alcança 83,5%. Nos centros urbanos, essa parcela é de 21,8%.
Os Estados que registram
os menores índices de crianças que trabalham sem salário são o Distrito Federal
(17,1%) e São Paulo (18,1%).
Os piores nesse quesito são
Maranhão (71,7%) e Alagoas
( 71,9%). "As altas taxas de
trabalho não-remunerado
são mais uma evidência de
que essas crianças estão
num esquema de agricultura
em que a criança trabalha
junto com a família, que é o
que prevalece no país", afirma a secretária executiva do
Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Oliveira.
Ela alerta, porém, que esse
dado pode ter dois significados distintos e refletir realidades bastante diferentes.
"A criança pode estar trabalhando com a família,
num esquema de pequena
agricultura para consumo
próprio ou para venda, o que
é um ambiente em que ela
está relativamente protegida, ou ela pode estar sendo
explorada, junto com o resto
da família, trabalhando na
lavoura de cana ou em carvoarias", diz Oliveira.
(SP)
Texto Anterior: Bom exemplo: Adolescente se torna aprendiz Próximo Texto: Taxa de escolarização cresceu; 15,5% são beneficiados por programa social Índice
|