UOL

São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Taxa de escolarização cresceu; 15,5% são beneficiados por programa social

DA SUCURSAL DO RIO

A pesquisa suplementar da Pnad confirma o aumento da taxa de escolarização de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, de 75,8%, em 1992, para 89,7%, em 2001. São Paulo e Rio são os Estados com os maiores índices: 92,5% e 92,2%, respectivamente -Amapá e Roraima tiveram taxas maiores, de 94,6% e 94,2%, respectivamente, mas, como não são avaliadas as áreas rurais desses Estados, as estatísticas não servem para comparação. Rondônia, 85,8%, e Acre, 86% (áreas urbanas) têm as piores taxas.
O estudo mostra que a questão da ocupação influi na vida escolar da criança. Conforme os resultados, a taxa de escolarização de crianças e adolescentes que exerciam algum tipo de atividade econômica ficou em 80,3%, bem abaixo das que não tinham de trabalhar: 91,1%. Essa diferença foi verificada em todas as regiões e Estados do país.
O aumento da escolarização serviu para aproximar as taxas das regiões brasileiras, embora o Sudeste ainda detenha o percentual mais alto: 91,4%. O crescimento foi maior no Nordeste, de 71,2% para 89%.

Programas sociais
O total de crianças e adolescentes beneficiados por programas sociais voltados para a educação era de 6.667.860 em 2001, ou 15,5% das pessoas nessa idade.
A pesquisa mostra que a participação em um programa desse tipo é benéfica para a criança, uma vez que a escolarização dos jovens inscritos é bastante superior à dos demais. Segundo os dados, a taxa de escolarização das beneficiadas por algum programa social é de 98,9%. A das demais é 88,1%.
O Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) é um desses projetos. Ele é destinado, prioritariamente, a famílias cuja renda per capita é de até meio salário mínimo e que tenham crianças e adolescentes de 7 a 16 anos trabalhando em atividades perigosas, insalubres, penosas ou consideradas degradantes. Para manter seu filho na escola, a família recebe uma bolsa mensal de R$ 25 na área rural e R$ 40 na urbana.
Há ainda projetos que procuram atender às características de cada região. É o caso do "Bode-Escola", no interior da Bahia. As famílias participantes ganham um bode e quatro cabras para manter os filhos na escola. (SP)


Texto Anterior: Das crianças que trabalham, 48,6% não têm salário
Próximo Texto: Tensão no campo: OEA deve condenar Brasil pelo massacre de Carajás
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.