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Taxa de escolarização cresceu; 15,5%
são beneficiados por programa social
DA SUCURSAL DO RIO
A pesquisa suplementar da
Pnad confirma o aumento da taxa
de escolarização de crianças e
adolescentes entre 5 e 17 anos, de
75,8%, em 1992, para 89,7%, em
2001. São Paulo e Rio são os Estados com os maiores índices:
92,5% e 92,2%, respectivamente
-Amapá e Roraima tiveram taxas maiores, de 94,6% e 94,2%,
respectivamente, mas, como não
são avaliadas as áreas rurais desses Estados, as estatísticas não servem para comparação. Rondônia,
85,8%, e Acre, 86% (áreas urbanas) têm as piores taxas.
O estudo mostra que a questão
da ocupação influi na vida escolar
da criança. Conforme os resultados, a taxa de escolarização de
crianças e adolescentes que exerciam algum tipo de atividade econômica ficou em 80,3%, bem
abaixo das que não tinham de trabalhar: 91,1%. Essa diferença foi
verificada em todas as regiões e
Estados do país.
O aumento da escolarização
serviu para aproximar as taxas
das regiões brasileiras, embora o
Sudeste ainda detenha o percentual mais alto: 91,4%. O crescimento foi maior no Nordeste, de
71,2% para 89%.
Programas sociais
O total de crianças e adolescentes beneficiados por programas
sociais voltados para a educação
era de 6.667.860 em 2001, ou
15,5% das pessoas nessa idade.
A pesquisa mostra que a participação em um programa desse tipo é benéfica para a criança, uma
vez que a escolarização dos jovens
inscritos é bastante superior à dos
demais. Segundo os dados, a taxa
de escolarização das beneficiadas
por algum programa social é de
98,9%. A das demais é 88,1%.
O Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) é um
desses projetos. Ele é destinado,
prioritariamente, a famílias cuja
renda per capita é de até meio salário mínimo e que tenham crianças e adolescentes de 7 a 16 anos
trabalhando em atividades perigosas, insalubres, penosas ou
consideradas degradantes. Para
manter seu filho na escola, a família recebe uma bolsa mensal de R$
25 na área rural e R$ 40 na urbana.
Há ainda projetos que procuram atender às características de
cada região. É o caso do "Bode-Escola", no interior da Bahia. As
famílias participantes ganham
um bode e quatro cabras para
manter os filhos na escola.
(SP)
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