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Alunos da UnB não fazem acordo com novo reitor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A invasão da reitoria da UnB
completa hoje duas semanas
com um movimento dividido,
em que parte significativa dos
líderes prefere a desocupação.
Em assembléia com cerca de
200 pessoas, os alunos adiaram
a decisão da saída para hoje.
O reitor Roberto Aguiar, indicado anteontem, esteve com
os invasores ontem, em seu primeiro compromisso na função.
Ele saiu da reunião indicando
que havia sido fechado um
acordo, mas depois recuou.
"Estabelecemos um prazo
para eles saírem daqui, em 48
horas no máximo", disse. Depois, questionado sobre o possível acordo, disse que o prazo
era uma expectativa sua.
Os alunos negaram que tenha havido qualquer acordo e
dizem que essa decisão só será
tomada em assembléia, possivelmente hoje. "Acho que é o
momento de voltar para a base
e construir a paridade nas eleições. Ficar aqui é contraproducente", disse Yuri Soares, 22,
aluno de história que está na invasão desde o primeiro dia.
"Está na hora de pensar numa saída estratégica e vitoriosa.
A ocupação teve grandes conquistas, mas a gente não pode
desgastar o instrumento da
ocupação", afirmou Raoni Japiassu, 22, aluno de biologia.
Há quem pense, porém, que
continuar com o controle do
prédio ainda pode favorecer a
luta dos estudantes. "Hoje (ontem) não é o momento de desocupar. Ainda vai ter assembléia
dos professores. Um prazo interessante é sair, no máximo,
no início da próxima semana",
disse o estudante que se identificou como Tursi. Os alunos pedem, entre outras reivindicações, eleições paritárias para
reitor.
(JOHANNA NUBLAT)
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