São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Alunos da UnB não fazem acordo com novo reitor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A invasão da reitoria da UnB completa hoje duas semanas com um movimento dividido, em que parte significativa dos líderes prefere a desocupação. Em assembléia com cerca de 200 pessoas, os alunos adiaram a decisão da saída para hoje.
O reitor Roberto Aguiar, indicado anteontem, esteve com os invasores ontem, em seu primeiro compromisso na função. Ele saiu da reunião indicando que havia sido fechado um acordo, mas depois recuou.
"Estabelecemos um prazo para eles saírem daqui, em 48 horas no máximo", disse. Depois, questionado sobre o possível acordo, disse que o prazo era uma expectativa sua.
Os alunos negaram que tenha havido qualquer acordo e dizem que essa decisão só será tomada em assembléia, possivelmente hoje. "Acho que é o momento de voltar para a base e construir a paridade nas eleições. Ficar aqui é contraproducente", disse Yuri Soares, 22, aluno de história que está na invasão desde o primeiro dia.
"Está na hora de pensar numa saída estratégica e vitoriosa. A ocupação teve grandes conquistas, mas a gente não pode desgastar o instrumento da ocupação", afirmou Raoni Japiassu, 22, aluno de biologia.
Há quem pense, porém, que continuar com o controle do prédio ainda pode favorecer a luta dos estudantes. "Hoje (ontem) não é o momento de desocupar. Ainda vai ter assembléia dos professores. Um prazo interessante é sair, no máximo, no início da próxima semana", disse o estudante que se identificou como Tursi. Os alunos pedem, entre outras reivindicações, eleições paritárias para reitor. (JOHANNA NUBLAT)


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