da Sucursal de Brasília

O Banco Stock Máxima não se envolveu financeiramente nas operações de remessa de dólares feitas pelo Banco Marka, de Salvatore Cacciola, para um paraíso fiscal.
O diretor de Fiscalização do Banco Central, Luiz Carlos Alvarez, alertou ontem que existe diferença entre o Banco Stock Máxima e o fundo de capital estrangeiro administrado pela corretora do próprio banco, também chamada Stock Máxima, no qual o Inovation Fund, de Cacciola, fazia suas aplicações.
A suspeita é que pelo Inovation transitaram US$ 13 milhões do Marka Bank, braço financeiro nas Bahamas de Cacciola.
A assessoria de imprensa do Banco Stock Máxima informou ontem que a sua "tesouraria e todos os fundos de investimento financeiro sob sua gestão não possuíam nenhuma posição de dólar no mercado futuro desde outubro de 98, tanto para compra quanto para venda".
Segundo a assessoria, o fundo de renda fixa Stock Máxima Renda Fixa Capital Externo (Anexo 6) "nunca foi gerido e administrado pelo Banco Stock Máxima". O fundo era administrado pela corretora do próprio banco, "que efetuou a compra de dólar, a pedido do Banco Marka, na cotação limite permitida pela BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) para o dia 13 de janeiro, de R$ 1,237", afirma a assessoria do banco.
"Portanto, o Marka não vendeu dólar barato ao Stock Máxima", conclui nota da assessoria do banco, referindo-se à reportagem da Folha, publicada na edição de ontem.
A reportagem não diz que o banco estivesse com problemas e refere-se, no texto, ao fundo administrado pela corretora também de nome Stock Máxima.
O fundo tinha 2.300 posições no mercado futuro de dólar, o que equivale a uma posição de R$ 230 milhões.
Com a desvalorização do real determinada pelo Banco Central em 13 de janeiro, o fundo sofreria uma perda superior a R$ 28 milhões, o seu patrimônio líquido em 31 de janeiro de 1998.


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