São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2006

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Garotinho visitará Estados para obter apoios a manutenção de candidatura

DA SUCURSAL DO RIO

Para tentar mudar a decisão contra a candidatura própria manifestada na convenção extraordinária de sábado passado, o pré-candidato do PMDB à Presidência Anthony Garotinho decidiu, mais uma vez, percorrer os principais Estados do país para conversas com os convencionais.
A estratégia de Garotinho está sendo traçada nesta semana. O comando da campanha deve se reunir hoje para definir os próximos passos. Na análise de seu estafe, o resultado apertado da convenção (48 votos de diferença) mostrou que existe a possibilidade de o eleitorado interno do partido vir a ser convencido da tese pró-candidatura própria.
Segundo colaboradores próximos, Garotinho reconhece a dificuldade de reverter a situação, mas pretende insistir até o fim.
Um dos principais temores do pré-candidato é que Itamar Franco anuncie a desistência de disputar a indicação e assuma sua candidatura ao Senado, por Minas Gerais. Na visão de Garotinho, isso seria um duro golpe na tese de candidatura própria, porque ele ficaria só na defesa da posição. Com a retirada de Itamar, sai de cena também Orestes Quércia, que é presidente do PMDB paulista e tem prestígio interno.
Embora a Justiça tenha transformado a convenção extraordinária em uma simples consulta aos convencionais, os defensores das duas teses estão defendendo que o resultado os favorece.
"Tínhamos tudo desfavorável. Agora, dá para reverter", disse ontem à Folha, sobre o resultado de sábado, o publicitário Carlos Rayel, um dos responsáveis pelas estratégias políticas de Garotinho.
Como a convenção definitiva foi marcada para o dia 11 de junho, Garotinho tem menos de um mês para ir novamente a campo.
Direito de resposta
A desembargadora Marly Macedônio França, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou ontem que o jornal "O Globo" publique direito de resposta do governo do Estado em resposta a reportagens sobre a rede de ONGs que recebeu ao menos R$ 243 milhões em convênios e cujos sócios contribuíram para a pré-campanha de Garotinho.
A decisão anulou liminar que favorecia o jornal e restabeleceu a sentença inicial, que previa direito de resposta ao Estado. O jornal deve publicar o material em até 24 horas após ser notificado, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Segundo o diretor de Redação de "O Globo", Rodolfo Fernandes, o jornal não havia sido notificado até as 19h15 de ontem e, portanto, não se pronunciaria. (SERGIO TORRES E RAPHAEL GOMIDE)


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