DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Assim como foi na votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o Senado será o maior entrave para o governo conseguir aprovar a criação de um novo imposto.
Com 54 senadores na base de apoio do presidente Lula, 49 precisariam votar pela proposta, mas nem todos concordam com uma nova tributação. Outros não votam fielmente com o governo.
O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que votará contra qualquer PEC (proposta de emenda constitucional) enviada sem amplo diálogo. "Se for para ir para a disputa com a oposição, voto contra."
Na Câmara, a base tem maioria folgada e, mesmo sem o apoio da oposição, conseguiria viabilizar a aprovação de uma PEC.
A possibilidade de um aumento na taxação sobre cigarro e bebidas seria mais fácil de passar no Congresso. Para elevar a cobrança, o governo poderia enviar projeto de lei que, para ser aprovado, precisa só de maioria simples. Mas a oposição diz ser contra qualquer nova tributação e promete dificultar as votações. Alega que o governo tem dinheiro para viabilizar repasse maior para a Saúde.


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