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RIOCENTRO
Tribunal enviará documentos de IPM ao procurador-geral da Justiça Militar para novas investigações sobre explosão de bomba
Decisão do STM garante reabertura de
caso
da Sucursal de Brasília
O presidente do STM (Superior
Tribunal Militar), brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, determinou ontem o envio ao Ministério
Público Militar de todos os documentos originais do IPM (inquérito policial militar) do caso Riocentro para abertura de nova investigação sobre o caso.
Essa iniciativa garantirá a instauração de um novo IPM nos próximos dias pelo Exército, a pedido
do procurador-geral da Justiça Militar, Kleber de Carvalho Coêlho.
Pela primeira vez, um militar -o
então capitão do Exército Wilson
Machado- será considerado suspeito pelo atentado.
O procurador disse que, até o final da próxima semana, requisitará a instauração do IPM. O Exército já sinalizou que, imediatamente
após receber essa requisição, designará o oficial encarregado da
apuração.
A abertura do novo inquérito
ocorrerá 18 anos após a explosão
de bomba no estacionamento do
centro de convenções Riocentro,
em 30 de abril de 1981, durante
show de música popular em comemoração ao 1º de Maio. O caso foi
arquivado na época sem a indicação de responsáveis.
Machado, hoje coronel residente
em Brasília, estava dirigindo o Puma em que a bomba explodiu, provocando a morte do sargento Guilherme Pereira do Rosário, sentado no banco ao lado.
O presidente do STM disse não
acreditar em resistência de setores
do Exército ao completo esclarecimento do caso. "Creio que não vai,
não pode e não deve haver reação."
Ele explicou que decidiu enviar
os documentos ao Ministério Público por entender que o STM não
poderia criar nenhum obstáculo à
instauração de um novo inquérito.
A duração do IPM será de no máximo 60 dias. Coêlho disse que
anexará todos os documentos do
antigo inquérito ao ofício que enviará ao comandante-geral do
Exército, general Gleuber Vieira,
requisitando a nova apuração.
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