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MG
Economia será de R$ 1,6 mi por mês, diz secretário da Casa Civil
Itamar anuncia medidas para diminuir gastos do Estado
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O governador Itamar Franco
(PMDB-MG) anunciou em Belo
Horizonte as primeiras medidas
para conter os gastos do Estado.
Segundo ele, medidas mais drásticas da reforma administrativa, como um programa de demissões
voluntárias, continuam sendo estudadas pelo governo.
Um projeto de lei, que será enviado à Assembléia Legislativa, extingue a Secretaria dos Assuntos
Municipais, cujo cargo de secretário está vago, e a empresa de apoio
ao turismo no Estado, a Turminas.
O anúncio foi feito anteontem.
Em seu lugar, serão criadas a Secretaria de Estado do Turismo e a
subsecretaria dos Assuntos Municipais, subordinada à Secretaria da
Casa Civil. Será criado ainda um
departamento de assistência a presos das cadeias públicas estaduais.
Segundo o secretário da Casa Civil, Henrique Hargreaves, essas
mudanças permitirão uma economia de R$ 1,6 milhão por mês. Hoje
Minas gasta 78% de sua arrecadação -cerca de R$ 500 milhões por
mês- com o pagamento do funcionalismo. Terá de diminuir para
60% até junho do ano que vem.
Será feita também a convocação
de 21 mil funcionários estaduais
que foram requisitados por outros
órgãos, mas cujos salários continuam sendo pagos pelo Estado.
O governo de Minas pretende
ainda privatizar a Casemg (Companhia de Armazéns e Silos de Minas Gerais) e a Ceasa-MG (Companhia de Abastecimento de Minas
Gerais), empresas que o governo
anterior tentou incluir no abatimento da dívida do Estado com a
União, mas não conseguiu. Itamar
anunciou que essas privatizações
mais a alienação de ações e imóveis
pertencentes ao Estado serão coordenadas pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.
O mesmo banco coordenará o
desenvolvimento de projetos sociais em 166 municípios na área de
influência da Companhia Vale do
Rio Doce e que teriam direito a R$
44 milhões, parte dos recursos
conseguidos com a privatização da
empresa, retidos pelo BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Sem citar o governo paulista, Itamar ironizou o fato de alguns Estados estarem ""criando frentes de
trabalho" enquanto Minas Gerais
já teria contratado 38 mil professores desde o início de seu governo.
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