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AMAZÔNIA
Comandante
vê risco de
intervenção
externa
da Sucursal de Brasília
O comandante militar da Amazônia, Luiz Gonzaga Lessa, disse
que a defesa da Amazônia pode ser
utilizada como pretexto para intervenção armada no Brasil, por parte
de países desenvolvidos. Segundo
ele, a intervenção militar motivada
pela proteção ao meio ambiente é
"tendência da próxima década".
Atualmente, afirmou, predominam as intervenções de caráter humanitário, cuja necessidade fica
"ao sabor de quem as interpreta".
Ao depor na CPI da Atuação da
Funai, anteontem na Câmara, o general afirmou que o princípio da
não-intervenção começa a ser posto de lado, como consequência da
globalização.
Lessa usou a maior parte do tempo destinado à sua exposição para
expor as "ameaças" à Amazônia.
Disse que é preocupante a ausência do Estado de longas faixas de
fronteira, principalmente no Acre
e na região das Guianas.
Citou frases textuais de vários líderes internacionais, considerando a Amazônia não como parte do
território brasileiro, mas patrimônio da humanidade.
Esse interesse pela Amazônia,
disse, se justifica por ter um quinto
da disponibilidade de água doce
do planeta, um terço das florestas
tropicais e riquezas no subsolo.
Depois de afirmar que a Amazônia é inegociável, afirmou: "Queira
Deus que no futuro não tenhamos
de lutar para reincorporar a Amazônia ao território brasileiro".
O general mostrou também um
cartão postal britânico que diz
"Fight for the Amazon - Burn a
Brazilian" (Lute pela Amazônia
-Queime um Brasileiro"), e disse
que o governo precisa convencer a
opinião pública internacional de
que está defendendo o meio ambiente na região.
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