|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Perito afirma ter dado novo
da Agência Folha, em Maceió
do enviado a Maceió
Dois dossiês sobre questões específicas do caso PC foram preparados reservadamente para o confronto de hoje por autores do contralaudo que questionou em 1997 a
tese de crime passional.
O perito criminal Domingos Tochetto e o legista Daniel Muñoz
vão se concentrar no que consideram impossibilidade de Suzana ter
se suicidado.
A pedido do promotor Luiz Vasconcelos, Tochetto tentará responder a várias questões, com um relatório de 19 páginas, quatro ilustrações e uma fita de vídeo com simulações sobre a posição em que a arma do crime foi encontrada e os resíduos de elementos químicos nas
mãos de quem atira.
O revólver Rossi modelo Special
calibre 38 estava à esquerda de Suzana e à direita de PC na cama onde eles foram achados mortos.
Suzana era destra. A arma com
que ela teria se suicidado, depois
de matar PC, estava do outro lado.
De acordo com o primeiro laudo
sobre o caso, coordenado pelo legista Fortunato Badan Palhares, isso seria possível. O estudo de Tochetto vai sustentar o contrário.
Com cálculos de física e simulações computadorizadas, ele pretende provar que, se Suzana tivesse
se matado, o revólver não estaria
ao lado do seu pé esquerdo, a cerca
de um metro das mãos.
O dossiê de Tochetto também
conclui que, se Suzana tivesse dado pelo menos um tiro, deveria haver elementos químicos, como o
chumbo, que não foram encontrados em suas mãos.
Daniel Muñoz apresentará uma
simulação em computador, em
três dimensões, sobre o tiro que
matou Suzana. O perito acredita
ter descoberto um dado que inviabilizaria definitivamente o suicídio
descrito no primeiro laudo, mas só
revelará hoje a novidade.
Os pedidos feitos à Justiça indicam que o legista Badan Palhares,
coordenador do laudo original, vai
reafirmar a sua tese de que Suzana
matou PC e se suicidou.
Com o algodão com que foram
recolhidos resíduos que estavam
nas mãos de Suzana, o legista dirá
que ela poderia ter atirado. O advogado Nivaldo Dóro disse que
Badan deve reafirmar que a altura
de Suzana era 1,67 m.
O legista alagoano Gérson Odilon, co-autor do laudo chefiado
por Badan, disse que "a altura de
Suzana nada muda, mesmo que ela
fosse uma anã".
Texto Anterior: Justiça recusa reivindicações de Badan Próximo Texto: Celso Pinto: Um governo quatrilionário Índice
|