São Paulo, sábado, 17 de julho de 2004

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OUTRO LADO

Parlamentar alega compromissos partidários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os deputados que chegaram a faltar a 40% das sessões deliberativas do plenário no semestre, a maioria por estar em missão oficial, alegaram, principalmente, compromissos partidários, mas também relevância em viagens para o exercício do mandato.
João Lyra (PTB-AL) estava ausente em 83,33% das votações. No tempo em que exerceu o mandato houve 24 sessões deliberativas. Ele foi a quatro. Em 45,83% delas, fazia tratamento de saúde. Em 37,50%, estava em missão oficial. "O deputado esteve sempre em sintonia com a liderança do partido, que o incumbiu de organizar o PTB em Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Esse foi o motivo básico para que estivesse ausente", disse seu chefe-de-gabinete, Severino Araújo.
Ele disse que Lyra não teve problema grave de saúde nem doença crônica, mas que "teve de se precaver desse cansaço [por organizar o partido]."
Almeida de Jesus (PL-CE) minimizou as faltas em 44,71% das sessões -27,06% para tratamento de saúde e 17,65% para missão oficial. Um dos vice-líderes do governo, Vicente Cascione (PTB-SP) ressalta que viajou de fato só uma vez em missão oficial, mas devolveu o dinheiro à Câmara. Osvaldo Coelho (PFL-PE) passou 42,35% do semestre em missão oficial e em 8,24% das sessões alegou estar doente, faltando a 50,59% das sessões.
A Folha questionou a presidência da Câmara se não está havendo um excesso de missões oficiais na Casa, mas a assessoria de imprensa afirmou que o presidente João Paulo Cunha (PT-SP) estava no interior em descanso. (FK)


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