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Ex-assessor de deputado diz ter feito saque no BB
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um ex-assessor do deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG)
disse ontem à Polícia Federal que
foi a uma agência do Banco do
Brasil, em Belo Horizonte, buscar
"recursos" distribuídos por Marcos Valério Fernandes de Souza.
É a primeira vez que um sacador envolvido no esquema afirma
ter retirado dinheiro do banco estatal, segundo a PF. Até então, só
o Banco Rural havia sido citado.
Além disso, alguns pagamento do
esquema Marcos Valério-PT foram feitos em hotéis e nas próprias empresas do publicitário.
Queiroz, que está na lista de cassáveis da CPI dos Correios, teria
recebido R$ 350 mil de Valério,
segundo informações do empresário mineiro à comissão parlamentar. O deputado, no entanto,
disse desconhecer a quantia.
No depoimento dado ontem na
sede da PF em Brasília, seu ex-chefe de gabinete José Hertz deu
mais detalhes à nota divulgada
por Queiroz semanas atrás sobre
o recebimento de dinheiro.
Na nota, Queiroz disse que,
após consulta ao ex-secretário do
PT Delúbio Soares, foi orientado a
"buscar os recursos" com Valério.
Ele enviou Hertz nos três supostos saques realizados em duas datas diferentes, na capital mineira.
À PF, Hertz disse ontem que a
primeira retirada foi um cheque
administrativo da SMPB no valor
de R$ 50 mil, em 2003.
A ida de Hertz ao Banco do Brasil teria ocorrido no segundo recebimento, em 5 de janeiro de 2004.
O ex-assessor de Queiroz disse
que, por orientação da diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos, esteve numa agência do
banco, onde recebeu um pacote
lacrado. Operação semelhante foi
realizada no mesmo dia numa
agência do Rural.
Hertz e Queiroz afirmam que,
nas duas vezes, o então chefe de
gabinete viajou a Brasília para entregar o dinheiro (em pacotes lacrados) ao tesoureiro do PTB,
Emerson Palmieri.
A assessoria de imprensa do BB
informou que Marcos Valério e
suas empresas possuem diversas
contas na instituição e que cabe à
PF investigar a origem dos recursos do empresário.
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