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São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2003

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Deputado ataca Corrêa por fazer defesa de juiz

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), um dos advogados do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), disse ontem que ficou "estarrecido" com as declarações de apoio do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Maurício Corrêa, ao juiz Atis de Araújo Oliveira (SP). Ele determinou a prisão do líder do MST José Rainha e de sua mulher, Diolinda Alves de Souza.
"Todas essas ações, que não têm o menor equilíbrio, vão parar no Supremo. Se antecipadamente o presidente do STF começa a justificá-las, avaliza essas atividades persecutórias", disse Greenhalgh.
Corrêa defendeu o juiz de Teodoro Sampaio anteontem. "Não há como censurar o juiz, que está exercendo sua atividade legal de julgar. Não há como condenar um juiz que aplicou a lei segundo a visão dele. Se estiver errado, o tribunal corrige. Nada mais do que isso", disse ele.
Entidades que integram a "Campanha Brasileira Contra a Alca [Área de Livre Comércio das Américas]", entre elas o MST, estavam ontem em Brasília e tiveram uma audiência com Corrêa.
Greenhalgh pediu a essas entidades que não restringissem o assunto à Alca durante o encontro com o ministro do STF. "Além da Alca, digam a ele que não é correto o presidente do STF avalizar a conduta do juiz no Pontal do Paranapanema", disse o petista.
"É preciso ajudar a busca pela paz, não a dos cemitérios, mas a da Justiça. Fiquei estarrecido com as declarações de apoio do presidente do STF ao juiz Atis de Araújo Oliveira", afirmou Greenhalgh.
O juiz de Teodoro Sampaio condenou e decretou a prisão de 11 líderes dos sem-terra no Pontal.
Corrêa reforçou ontem as críticas que fez em conversa com Gilmar Mauro, da direção do MST.


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