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Deputado ataca Corrêa por fazer defesa de juiz
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Luiz Eduardo
Greenhalgh (PT-SP), um dos advogados do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra), disse ontem que ficou "estarrecido" com as declarações de
apoio do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Maurício Corrêa, ao juiz Atis de Araújo
Oliveira (SP). Ele determinou a
prisão do líder do MST José Rainha e de sua mulher, Diolinda Alves de Souza.
"Todas essas ações, que não têm
o menor equilíbrio, vão parar no
Supremo. Se antecipadamente o
presidente do STF começa a justificá-las, avaliza essas atividades
persecutórias", disse Greenhalgh.
Corrêa defendeu o juiz de Teodoro Sampaio anteontem. "Não
há como censurar o juiz, que está
exercendo sua atividade legal de
julgar. Não há como condenar
um juiz que aplicou a lei segundo
a visão dele. Se estiver errado, o
tribunal corrige. Nada mais do
que isso", disse ele.
Entidades que integram a
"Campanha Brasileira Contra a
Alca [Área de Livre Comércio das
Américas]", entre elas o MST, estavam ontem em Brasília e tiveram uma audiência com Corrêa.
Greenhalgh pediu a essas entidades que não restringissem o assunto à Alca durante o encontro
com o ministro do STF. "Além da
Alca, digam a ele que não é correto o presidente do STF avalizar a
conduta do juiz no Pontal do Paranapanema", disse o petista.
"É preciso ajudar a busca pela
paz, não a dos cemitérios, mas a
da Justiça. Fiquei estarrecido com
as declarações de apoio do presidente do STF ao juiz Atis de Araújo Oliveira", afirmou Greenhalgh.
O juiz de Teodoro Sampaio
condenou e decretou a prisão de
11 líderes dos sem-terra no Pontal.
Corrêa reforçou ontem as críticas que fez em conversa com Gilmar Mauro, da direção do MST.
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