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SAIBA MAIS
Nicéa sofre ações na Justiça por acusar sem prova
DA REDAÇÃO
As primeiras acusações de
Nicéa Camargo contra Celso
Pitta, então prefeito de São
Paulo, e Paulo Maluf, seu antecessor, foram feitas em uma
entrevista à Rede Globo sobre a
corrupção na prefeitura, veiculada em 10 de março de 2000.
Rompida com o prefeito desde novembro de 1999, Nicéa
acusou Pitta de ter comprado
votos de vereadores para impedir a abertura de um processo
de impeachment, em 20 de
maio de 1999. Ela o acusou ainda de ter contas no exterior.
Nicéa declarou que Paulo
Maluf teria sido um dos destinatários de verbas desviadas do
PAS e que Flávio Maluf controlava o Centro de Assistência
Social e Atendimento e o estacionamento do Anhembi.
Tanto Maluf quanto Pitta negaram as acusações. Maluf
abriu um processo contra Nicéa, que foi condenada em primeira instância, em junho, a
pagar indenização a Maluf. Já o
prefeito se separou judicialmente de Nicéa em agosto.
As acusações levaram a Câmara a aprovar, em 18 de abril
de 2000, a abertura de um processo de impeachment contra
Pitta. Nicéa apresentou uma
agenda com supostas anotações do prefeito que indicariam
pagamento de propina. Laudo
do Instituto de Criminalística
concluiu que a agenda foi adulterada. Pitta foi absolvido na
Câmara em 12 de julho.
Em setembro, ela recuou de
algumas acusações. Nicéa disse
ao juiz que não se lembrava de
ter dito que Maluf era o mentor
da corrupção em São Paulo.
Em entrevista publicada em
13 de abril de 2001, ela voltou a
acusar Pitta de lavar dinheiro
depositado no exterior com
consultorias e a publicação de
um livro. Em 4 de fevereiro último, disse que Pitta e Naji Nahas eram sócios numa empresa
instalada num paraíso fiscal.
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