UOL

São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAIBA MAIS

Nicéa sofre ações na Justiça por acusar sem prova

DA REDAÇÃO

As primeiras acusações de Nicéa Camargo contra Celso Pitta, então prefeito de São Paulo, e Paulo Maluf, seu antecessor, foram feitas em uma entrevista à Rede Globo sobre a corrupção na prefeitura, veiculada em 10 de março de 2000.
Rompida com o prefeito desde novembro de 1999, Nicéa acusou Pitta de ter comprado votos de vereadores para impedir a abertura de um processo de impeachment, em 20 de maio de 1999. Ela o acusou ainda de ter contas no exterior.
Nicéa declarou que Paulo Maluf teria sido um dos destinatários de verbas desviadas do PAS e que Flávio Maluf controlava o Centro de Assistência Social e Atendimento e o estacionamento do Anhembi.
Tanto Maluf quanto Pitta negaram as acusações. Maluf abriu um processo contra Nicéa, que foi condenada em primeira instância, em junho, a pagar indenização a Maluf. Já o prefeito se separou judicialmente de Nicéa em agosto.
As acusações levaram a Câmara a aprovar, em 18 de abril de 2000, a abertura de um processo de impeachment contra Pitta. Nicéa apresentou uma agenda com supostas anotações do prefeito que indicariam pagamento de propina. Laudo do Instituto de Criminalística concluiu que a agenda foi adulterada. Pitta foi absolvido na Câmara em 12 de julho.
Em setembro, ela recuou de algumas acusações. Nicéa disse ao juiz que não se lembrava de ter dito que Maluf era o mentor da corrupção em São Paulo.
Em entrevista publicada em 13 de abril de 2001, ela voltou a acusar Pitta de lavar dinheiro depositado no exterior com consultorias e a publicação de um livro. Em 4 de fevereiro último, disse que Pitta e Naji Nahas eram sócios numa empresa instalada num paraíso fiscal.


Texto Anterior: Outro lado: Para ex-prefeitos, acusações não trazem novidade
Próximo Texto: Goiás: Promotoria pede revisão de título da Rede Goiana
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.