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Dona-de-casa foi afetada por
três greves
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM RIO LARGO (AL)
A dona-de-casa Gilvanice Domingos de Oliveira,
27, é o retrato da crise de
Alagoas. Moradora de Rio
Largo (40 km de Maceió),
Nice, como é chamada, teve problemas em três
grandes greves deflagradas no Estado até agora.
Na quinta, a Folha a encontrou na delegacia da cidade. Com a filha no colo,
tentava registrar queixa
após ter sido agredida em
uma discussão com um irmão. Em meio à greve dos
policiais civis, não conseguiu. Voltou para casa.
Meses antes, procurou
duas vezes o hospital durante a greve dos médicos
e também não conseguiu
atendimento. Teve de recorrer a um posto de saúde municipal para retirar
pontos de uma cesariana.
Para completar, tem de
lidar com a greve dos professores, que já deixou
seus dois sobrinhos sem
aula por quase três meses.
Durante o protesto, salas
foram depredadas, documentos, destruídos e equipamentos, roubados.
"É difícil para a gente,
que não tem uma renda
boa, viver desse jeito", disse. A família sobrevive
com os R$ 380 que o marido, Elivelton de Oliveira,
recebe por mês como
frentista de um posto.
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