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Suspensão do reajuste salarial "foi um ato de legítima defesa", afirma secretário
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
DA AGÊNCIA FOLHA
O secretário do Planejamento de Alagoas, Sérgio Moreira,
diz que a decisão do governo de
suspender os reajustes concedidos em 2006 foi tomada por
"insuficiência de caixa". "Foi
um ato de legítima defesa da
viabilidade governamental."
Ele afirma que o termo "choque de gestão" não define o modelo utilizado em Alagoas. Diz
que prefere chamar de "gestão
para o desenvolvimento".
Moreira confirma, no entanto, que Minas foi "uma fonte de
inspiração" e que, do Estado
governado por Aécio Neves
(PSDB), foram adaptados os
planos de finanças, planejamento, fazenda e segurança.
Segundo Moreira, a parceria
teve como objetivo adaptar ao
projeto alagoano "métodos e
instrumentos de gestão" aplicados em Minas. Para o secretário, os cortes feitos logo em
janeiro foram necessários: "A
situação real só foi conhecida
depois da posse. Foi quando a
luz vermelha acendeu".
Moreira diz não se intimidar
com a onda de greves. "Não me
assusta o aspecto conjuntural
da crise, porque ela é periódica,
sazonal. O que me preocupa é o
caos estrutural", diz, referindo-se ao endividamento e ao emperramento da máquina. Segundo ele, Alagoas não tem hoje "condições fiscais, financeiras e orçamentárias" para atender aos pedidos de reajuste.
A reportagem tentou entrevistar Teotonio Vilela Filho na
semana passada, sem sucesso.
Para responder às críticas ao
"choque de gestão", o governo
de Minas listou 16 medidas tomadas a partir de 2003 "com o
programa de modernização administrativa e o ajuste financeiro das contas públicas, que permitiram ao Estado a recuperação do equilíbrio fiscal em 18
meses, a retomada dos investimentos em todas as áreas essenciais à população mineira e
o maior conjunto de ações em
favor dos servidores públicos".
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