São Paulo, segunda-feira, 17 de setembro de 2007

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Suspensão do reajuste salarial "foi um ato de legítima defesa", afirma secretário

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
DA AGÊNCIA FOLHA

O secretário do Planejamento de Alagoas, Sérgio Moreira, diz que a decisão do governo de suspender os reajustes concedidos em 2006 foi tomada por "insuficiência de caixa". "Foi um ato de legítima defesa da viabilidade governamental."
Ele afirma que o termo "choque de gestão" não define o modelo utilizado em Alagoas. Diz que prefere chamar de "gestão para o desenvolvimento".
Moreira confirma, no entanto, que Minas foi "uma fonte de inspiração" e que, do Estado governado por Aécio Neves (PSDB), foram adaptados os planos de finanças, planejamento, fazenda e segurança.
Segundo Moreira, a parceria teve como objetivo adaptar ao projeto alagoano "métodos e instrumentos de gestão" aplicados em Minas. Para o secretário, os cortes feitos logo em janeiro foram necessários: "A situação real só foi conhecida depois da posse. Foi quando a luz vermelha acendeu".
Moreira diz não se intimidar com a onda de greves. "Não me assusta o aspecto conjuntural da crise, porque ela é periódica, sazonal. O que me preocupa é o caos estrutural", diz, referindo-se ao endividamento e ao emperramento da máquina. Segundo ele, Alagoas não tem hoje "condições fiscais, financeiras e orçamentárias" para atender aos pedidos de reajuste.
A reportagem tentou entrevistar Teotonio Vilela Filho na semana passada, sem sucesso.
Para responder às críticas ao "choque de gestão", o governo de Minas listou 16 medidas tomadas a partir de 2003 "com o programa de modernização administrativa e o ajuste financeiro das contas públicas, que permitiram ao Estado a recuperação do equilíbrio fiscal em 18 meses, a retomada dos investimentos em todas as áreas essenciais à população mineira e o maior conjunto de ações em favor dos servidores públicos".


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