São Paulo, segunda-feira, 17 de setembro de 2007

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Advogado diz que ex-banqueiro não pode ficar detido

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

O advogado de Salvatore Cacciola no Brasil, Carlos Ely Eluf, disse ontem que o ex-banqueiro não poderá ser mantido detido em Mônaco porque não cometeu nenhum crime no país. Segundo Eluf, o juiz do principado poderá, no máximo, mantê-lo detido por um prazo determinado até que as autoridades brasileiras enviem o pedido oficial de extradição.
Eluf disse que, para que Cacciola continue em Mônaco, o juiz terá que abrir um processo de extradição, o que fará com que ele passe oficialmente da condição de detido para preso. Se isso acontecer, o magistrado dará prazo para que o ex-banqueiro se defenda e julgará o mérito da questão, decidindo pela extradição ou não.
Para o advogado, porém, a possibilidade de abertura do processo é remota. Brasil e Mônaco não têm um tratado de extradição.
Além disso, cabe recurso contra a condenação do ex-banqueiro pela Justiça Federal, em 2005, e a Justiça italiana já negou pedido de extradição feito em 2001.
"O juiz jamais daria extradição nessas condições. Por mais que o Brasil tente apressar um tratado vai parecer coisa de conveniência", afirmou Eluf.


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