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Em texto, PT e Bolsa pedem queda nos juros
FÁBIO ZANINI
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa da redução nas taxas de
juros é um dos pontos principais
de documento elaborado pela
campanha de Luiz Inácio Lula da
Silva com a participação de um
grupo de 22 entidades liderado
pela Bolsa de Valores de São Paulo, a ser lançado hoje.
"O nível atual e recente das taxas de juros ameaça a atividade
produtiva e compromete a competitividade do mercado de capitais frente a outros investimentos", diz o texto, que será divulgado com a presença de representantes do PT e das entidades participantes na sede da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo. Não se menciona especificamente o aumento na taxa de juros
de 18% para 21%, nesta semana.
A própria Fiesp é uma das entidades que integraram as discussões que levaram ao documento,
junto com outras como a Associação Brasileira dos Analistas do
Mercado de Capitais (Abamec) e
Ibmec (Instituto Brasileiro do
Mercado de Capitais).
A iniciativa partiu de Lula, em
agosto, durante visita à Bovespa.
Ele sugeriu a formação de um
grupo de trabalho conjunto. A base para discussão foi o Plano Diretor do Mercado de Capitais, redigido pelas entidades do setor e
distribuído aos presidenciáveis.
O objetivo primordial da iniciativa é sugerir medidas para que o
mercado de capitais seja um dos
motores da retomada do crescimento econômico. Por trás do
projeto, há o desejo do PT de neutralizar o que chama de "terrorismo econômico" que estaria sendo
praticado por José Serra (PSDB).
"Lula dá mostras com esse documento de que tem maturidade
para o diálogo e que não vai tomar nenhuma atitude impensada
no comando da economia", diz
João Vaccari, presidente do Sindicato dos Bancários de SP, um dos
que integraram a discussão em
nome do PT.
Lula não deverá comparecer
pessoalmente, sendo representado pelo coordenador de seu programa de governo, Antônio Palocci Filho. Deverão ir ao lançamento do documento o presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, da
Abamec, Humberto Casagrande,
e da Bolsa, Raymundo Magliano
Filho, entre outros.
Entre as propostas apresentadas
estão o estímulo à formação de
fundos de pensão e a ampliação
da capacidade de intervenção da
Comissão de Valores Mobiliários,
para reduzir a volatilidade do
mercado.
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