São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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Partidos nanicos terão mais espaço nas prefeituras

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Legendas que dizem representar os "solidários" e os "humanistas", os "mobilizados" pela nação, os "aposentados" e até os "republicanos progressistas" passarão a ocupar mais cadeiras nas prefeituras em 2005.
Em 2000, dez dos menores partidos elegeram 116 prefeitos. A apuração do primeiro turno mostra que esse número passou para 197, ou seja, um crescimento de 70%.
Até agora, o PHS (Partido Humanista da Solidariedade) está na liderança. Passou de seis prefeitos eleitos em 2000 para 26. "É possível ser cristão na política sem ser quadrado", disse a vice-presidente da sigla, Cornelita da Rocha Vidal de Carvalho.
O PT do B (Partido Trabalhista do Brasil) e o PRP (Partido Republicano Progressista) também aumentaram o número de prefeitos eleitos. De seis e 16 prefeitos, respectivamente, em 2000, foram a 23 e 37 neste ano.
Para o presidente do Ibep (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos), Wálder de Góes, o crescimento de alguns dos chamados nanicos "não tem nenhum valor político". "Hoje, servem para confundir a cabeça dos eleitores e desempenhar papel nas alianças."
O PMN (Partido da Mobilização Nacional) passou de 14 cadeiras em prefeituras, em 2000, para 31, em 2004. Seu maior feito, diz a secretária-geral da sigla, Telma Ribeiro dos Santos, foi a reeleição do prefeito de Mococa (SP), Cido Espanha.
Para José Levy Fidelix, presidente nacional do PRTB, a presença dos nanicos à frente de prefeituras facilita a transparência das gestões.
O PRTB teve 12 prefeitos, contra quatro em 2002. (JULIA DUAILIBI e EDUARDO SCOLESE)


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