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Governo aceita CPMF menor a partir de 2009
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares
Guia, afirmou ontem que o governo não tem plano B caso a
CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) não seja aprovada.
Segundo Walfrido, o governo
não pode abrir mão de R$ 40 bilhões, mas está disposto a apresentar projeto de lei no começo
de 2009 para a redução gradual
da alíquota do imposto.
"Não temos folga de R$ 40 bilhões para abrir mão da CPMF,
mas colocamos na PEC [proposta de emenda constitucional] um artigo que não existia e
que permite ao governo por
meio de um projeto de lei, portanto, compartilhado com o
Congresso, abaixar alíquota."
O ministro esteve ontem no
Rio para participar da reunião
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, na
sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no centro.
O ministro destacou que,
mantidas as condições atuais
de crescimento econômico,
com expansão do Produto Interno Bruto da ordem de 5% ao
ano, aumento no emprego formal e inflação sob controle, haveria espaço para a negociação
em favor da queda da alíquota
do tributo, hoje em 0,38%.
O governo pretende aprovar
a CPMF antes do Natal. Para
Walfrido, o efeito da rejeição do
imposto seria "devastador". Segundo o ministro, ministérios e
secretarias compartilham um
montante de R$ 100 bilhões da
arrecadação e não poderiam
abrir mão de R$ 40 bilhões.
Na tentativa de convencer os
senadores a aprovarem a prorrogação da CPMF até 2011, o
presidente em exercício, José
Alencar, reúne-se hoje com líderes dos partidos e presidentes das comissões temáticas.
Alencar reafirmou, ontem no
Rio, ser contra a cobrança. "É
preciso que todos saibam que
nós somos contra a CPMF, mas
nós não podemos praticar uma
atitude de irresponsabilidade
fiscal, irresponsabilidade orçamentária. Porque isso pode (...)
pôr a perder tudo o que fizemos
até agora no combate à inflação. (...) Então, não é o governo
que precisa da aprovação da
CPMF. É o Brasil que precisa",
disse ele após a posse da diretoria da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do RJ).
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