São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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Petista preocupa equipe de segurança

DA REPORTAGEM LOCAL

A opção do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de manter contatos diretos com a população é o problema mais grave enfrentado pela equipe que o protege. "A segurança é zero nesses momentos", diz um dos agentes que cuidam de sua proteção.
A equipe que trabalha com o presidente eleito diz que um suposto atentado de grupos organizados deixaria rastros que permitiriam sua identificação antecipada pelos serviços de inteligência.
Mas a presença de Lula em aglomerações abre espaço para um inimigo que só pode ser combatido no exato momento em que age: o amador emocional descontrolado. Um canivete, uma faca ou mesmo um revólver poderiam ser sacados e atingir o presidente.
Os agentes tentam, quase sempre sem sucesso, evitar a abordagem do presidente pelas costas e retiram as mãos que lhe tocam por trás. Mas a forma como Lula se embrenha na multidão baixa a zero a capacidade de defesa antecipada da segurança. O presidente eleito já foi alertado para os riscos, mas afirma que não abrirá mão desse tipo de contato: "Eu gosto do povo, e o povo gosta de mim", disse Lula na quinta-feira.
A Polícia Federal oferece ao presidente eleito a mesma segurança assegurada ao presidente Fernando Henrique Cardoso pelo Gabinete de Segurança Institucional.
Até a posse, Lula estará sempre sob a proteção de 16 agentes do Comando Tático Operacional, dez homens da divisão de segurança de dignitários e cinco coordenadores de segurança da PF.



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