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memória
RO foi palco de massacre há três anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os últimos três anos registram casos de violência
e também de problemas
de saúde pública entre povos indígenas.
Em 2005, 23 índios cintas-largas foram indiciados pela morte de 29 garimpeiros na reserva Roosevelt, em Rondônia. O
massacre aconteceu no dia
7 de abril de 2004, quando
garimpeiros trabalhavam
na extração de diamantes
dentro da reserva, sem a
autorização dos índios.
Na semana passada, a
polêmica em torno da exploração de diamantes na
reserva voltou à tona.
Cintas-largas fizeram
reféns um representante
da ONU, um procurador
da República e mais duas
pessoas para reivindicar,
entre outras coisas, a suspensão dos processos contra os acusados do massacre de garimpeiros em
2004, e a não-liberação do
garimpo em terras indígenas. A exploração de diamantes é proibida no local.
Os reféns foram soltos
na quarta-feira, depois de
quatro dias presos, e o presidente da Funai, Márcio
Meira, disse que as reivindicações serão avaliadas.
Desnutrição
Em 2005, ao menos 15
crianças indígenas morreram de desnutrição em
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Uma comissão externa
criada pela Câmara dos
Deputados relacionou como fatores que contribuíram para as mortes das
crianças o "precário abastecimento de água [...], a
deficiência na capacidade
de prevenção e assistência
à saúde [...], além da óbvia
insuficiência de ingestão
de alimentos".
Segundo a comissão, atividades da Funasa (Fundação Nacional de Saúde)
para a nutrição de crianças
indígenas haviam sido
suspensas, além de a entidade, ainda de acordo com
a comissão, dar pouca
atenção a problemas como
alcoolismo e doenças sexualmente transmissíveis
nas comunidades.
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