DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado e ex-deputado federal José Roberto Batochio está processando os delegados da Polícia Federal que assinam o relatório final da Operação Anaconda, Élzio Vicente da Silva e Emmanuel Henrique de Oliveira. São duas ações, segundo ele: uma criminal e outra por danos morais.
No relatório, Batochio foi incluído na categoria dos auxiliares da suposta quadrilha, junto com investigados que estão presos, como Affonso Passarelli Filho e Norma Regina Emílio Cunha.
"Liqüidaram com a minha vida pública", reclama Batochio, que já foi presidente da OAB.
O advogado é citado em conversas de César Herman Rodriguez e José Augusto Bellini como interessado em documentos sobre um escândalo do Funcef (o fundo de previdência da Caixa Econômica) que poderiam ser usados conta o PSDB e o PT na campanha do então candidato à Presidência Ciro Gomes. Batochio foi um dos coordenadores da campanha em São Paulo.
O advogado diz ter percebido que a oferta era "conversa mole" e encaminhou-o ao comitê de Ciro.
As gravações ainda mencionam jantares de policiais e juízes para arrecadar fundos para Ciro. Batochio diz que recusou a oferta.
O ex-deputado diz que a absolvição de Enrico Picciotto foi mérito de seu trabalho, não compra de sentença, como sugere uma conversa em 7 de maio.


Texto Anterior: Operação Anaconda: Advogado escreveu sentenças de juiz, diz PF
Próximo Texto: Outro lado: Agente não é o autor, diz advogado
Índice