São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

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Assembléia do RJ aprova apuração com ajuda do PT

FREE-LANCE PARA A FOLHA

DA SUCURSAL DO RIO

A bancada fluminense do PT apoiou ontem a decisão do colégio de líderes da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio) de criar uma CPI que investigue a passagem de Waldomiro Diniz pela presidência da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002.
O líder da bancada petista na Alerj, deputado Carlos Minc, disse que recebeu, anteontem à noite, uma ligação do presidente nacional do partido, José Genoino. "Eles [o PT nacional] dizem que não é uma questão nacional, que é regional. E a gente vai dizer o quê?", disse Minc. Genoino teria pedido cuidado, para que não se crie a impressão de que o PT nacional faz uma coisa e o regional, outra.
O PMDB, inicialmente, ficou dividido sobre a instalação da CPI. O grupo do ex-governador Anthony Garotinho defendia a comissão. Mas o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), que mantém boa relação com o PT, não.
Hoje, os líderes dos partidos na Alerj decidem a composição da CPI. Por ser a maior bancada (23 deputados), o PMDB exige ficar com a relatoria ou a presidência. O PT, com oito deputados, é o segundo maior.
A intenção do PMDB é controlar as investigações para evitar que atinjam o governo Anthony Garotinho (1999-2002), que nomeou Waldomiro para ocupar a presidência da Loterj.
A comissão criada pelo governo do Rio para apurar os atos de Waldomiro à frente da Loterj pediu ontem à autarquia todos os ofícios, contratos, licitações e correspondências assinados por ele. Os documentos não foram analisados. (HENRI CARRIÈRES e MURILO FIUZA DE MELO)

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