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Assembléia do RJ aprova apuração com ajuda do PT
FREE-LANCE PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
A bancada fluminense do PT
apoiou ontem a decisão do colégio de líderes da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado
do Rio) de criar uma CPI que
investigue a passagem de Waldomiro Diniz pela presidência
da Loterj (Loteria do Estado do
Rio de Janeiro), de fevereiro de
2001 a dezembro de 2002.
O líder da bancada petista na
Alerj, deputado Carlos Minc,
disse que recebeu, anteontem à
noite, uma ligação do presidente nacional do partido, José Genoino. "Eles [o PT nacional] dizem que não é uma questão nacional, que é regional. E a gente
vai dizer o quê?", disse Minc.
Genoino teria pedido cuidado,
para que não se crie a impressão de que o PT nacional faz
uma coisa e o regional, outra.
O PMDB, inicialmente, ficou
dividido sobre a instalação da
CPI. O grupo do ex-governador Anthony Garotinho defendia a comissão. Mas o presidente da Alerj, Jorge Picciani
(PMDB), que mantém boa relação com o PT, não.
Hoje, os líderes dos partidos
na Alerj decidem a composição
da CPI. Por ser a maior bancada (23 deputados), o PMDB
exige ficar com a relatoria ou a
presidência. O PT, com oito deputados, é o segundo maior.
A intenção do PMDB é controlar as investigações para evitar que atinjam o governo Anthony Garotinho (1999-2002),
que nomeou Waldomiro para
ocupar a presidência da Loterj.
A comissão criada pelo governo do Rio para apurar os
atos de Waldomiro à frente da
Loterj pediu ontem à autarquia
todos os ofícios, contratos, licitações e correspondências assinados por ele. Os documentos
não foram analisados.
(HENRI CARRIÈRES e MURILO FIUZA DE MELO)
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