DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) defendeu ontem o governo e o PT, no caso que envolve o ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz, acusado de receber dinheiro de um empresário dos bingos do Rio.
"A pretexto de moralismo tem muito sacripanta [desprezível] querendo colocar as mangas de fora", disse Ciro, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
O ministro afirmou que as denúncias não têm relação com o governo. Filiado ao PPS, Ciro questionou: "Alguém duvida do padrão ético do PT, que é realmente acima da média desses partidos tradicionais no Brasil?".
Ciro afirmou que há uma tentativa de manchar a imagem do partido. "Claro que interessa a alguns setores sangrar o PT em praça pública para desgastar sua imagem, numa tentativa muito ruim para a democracia brasileira de afirmar para o povo que é tudo farinha do mesmo saco, e não é."
Ao defender o presidente Lula e José Dirceu (Casa Civil), Ciro foi enfático: "Quem está querendo levantar suspeição sobre um homem digno como o José Dirceu ou arranhar a imagem do presidente vai dar com os burros n'água". Disse que não há necessidade de abertura de CPI.

Berzoini
O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse ontem que não há elementos suficientes para convocar uma CPI para investigar o caso. "Sempre defendi que CPI só deve ser feita quando há um objeto claro a ser investigado."