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Após pesquisa, PSDB e DEM expressam divergência
Grupo de Alckmin defende aliança em torno de seu nome, mais bem colocado
Pesquisa revelou aumento
na intenção de voto para o
tucano; apoiadores de
Kassab indicam tentativa
de adiar definição de nome
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A última pesquisa Datafolha
de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo, divulgada
ontem, deverá aprofundar os
debates na aliança DEM-PSDB
em torno de um nome de consenso. O ex-governador tucano
Geraldo Alckmin cresceu três
pontos percentuais em relação
à pesquisa anterior (de 26% para 29%), enquanto o prefeito
Gilberto Kassab (DEM) oscilou
um ponto percentual para baixo (de 12% para 13%).
A segunda colocada na pesquisa continuou sendo a ex-prefeita e atual ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), que
teve oscilação positiva de um
ponto percentual (de 24% para
25%). De acordo com o Datafolha, há "situação de empate técnico" entre Alckmin e Marta.
Ambos reagiram ontem ao
resultado da pesquisa com frases protocolares. "É bom saber
que meu trabalho como prefeita e como ministra recebe o
apoio de parcela tão significativa da população da minha cidade, em particular dos mais humildes", disse Marta por e-mail. Por meio da assessoria,
Alckmin afirmou: "Fico muito
feliz, principalmente por entender que é um reconhecimento ao meu trabalho como
governador e ao jeito tucano de
governar. Com relação à candidatura à prefeitura, não há uma
definição ainda".
"Nossa preocupação não são
as eleições. Elas não podem interferir nas ações administrativas", disse ontem Kassab, após
inaugurar um conjunto habitacional em São Miguel (zona leste). Ao falar sobre a pesquisa,
Kassab se disse "bastante motivado". Ressaltou a subida de
33% para 35% dos que avaliam
sua gestão com "boa".
O clima entre os apoiadores
de Alckmin e de Kassab, contudo, não é tão anódino. Apoiador
de Alckmin, o deputado federal
Edson Aparecido (PSDB) disse
que, "mesmo respeitando o aumento da aprovação da gestão
Kassab", a pesquisa indicou
que "a sociedade está dizendo
que Alckmin é o candidato mais
forte e com maior viabilidade
para derrotar o PT".
Walter Feldman (PSDB), deputado federal licenciado e secretário de Esportes de Kassab,
manifestou uma possível tendência: a de se postergar a decisão sobre o nome da aliança
DEM-PSDB. Se a estratégia
prevalecer, Kassab ganharia
tempo para tentar melhor resultado nas pesquisas futuras.
"O ideal é deixar a definição
do nome para mais perto da
eleição. Não deveríamos antecipar a decisão. A manifestação
entre março e junho pode ser
prejudicial para os potenciais
candidatos", disse Feldman.
Citando risco de governabilidade, o deputado fez um apelo
para que não haja duas candidaturas no bloco. "O que é mais
certo, a manutenção do governo ou a candidatura?", indagou
Feldman. Para ele, dois candidatos entre os aliados criariam
uma situação embaraçosa.
"Quem participa desse governo
[de Kassab] vai ficar paralisado
no primeiro turno. Vai ser uma
situação maluca. Não posso
deixar de defender um governo
de que participo", disse Feldman.
(RUBENS VALENTE, RICARDO SANGIOVANNI E CATIA SEABRA)
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