São Paulo, domingo, 18 de março de 2007

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Opção do PMDB sofre restrição do presidente

LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nome preferido do PMDB para a Agricultura, após a desistência de Odílio Balbinotti (PR), o deputado Waldemir Moka (MS) não tem a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moka é um crítico ferrenho do governo, tendo apoiado abertamente o tucano Geraldo Alckmin na eleição passada. Produtor rural, o deputado bateu nas políticas do governo para o setor e falou mal do principal programa social da gestão Lula, o Bolsa Família, da Força de Segurança Nacional, do regime cambial, dos juros altos, entre outros temas.
Segundo a Folha apurou, o presidente já disse a integrantes do governo que não aceitaria a indicação de Moka.
"Segundo a imprensa [...], o PMDB já está com o presidente Lula. Não é verdade! Por exemplo, em Santa Catarina [...], o palanque inteiro do PMDB trabalhará na candidatura de Geraldo Alckmin para a Presidência da República. O mesmo acontecerá em Mato Grosso do Sul e em vários outros Estados", disse Moka, em discurso na Câmara, no dia 12 de julho do ano passado.
Em fevereiro, reclamando que a combinação de juros altos e câmbio desvalorizado acabaria com o setor produtivo no país, Moka aproveitou para criticar o Bolsa Família.
"Essa é exatamente a fórmula para acabar com o setor produtivo do país [...]. Não adianta essa história de Bolsa Família, bolsa não sei o quê. Daqui a pouco metade da população terá de receber algum tipo de auxílio por meio de bolsas, porque acabará o emprego."


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