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CUT afirma que vai a
Brasília pressionar PT
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dirigentes da CUT (Central
Única dos Trabalhadores) irão a
Brasília na próxima semana pedir
ao governo federal que altere pelo
menos três pontos da proposta de
reforma da Previdência antes de o
texto ser enviado ao Congresso,
provavelmente no dia 30.
A central, com sede em São Paulo, é a mais atuante na defesa dos
interesses dos servidores públicos
e está historicamente ligada ao PT
de Luiz Inácio Lula da Silva.
A CUT discorda do teto de R$
1.058 estipulado para a contribuição dos servidores inativos, do teto de R$ 2.400 para as aposentadorias do INSS e também do aumento na idade mínima para a
aquisição do benefício -que passa a ser de 60 anos para os homens
e 55 anos para as mulheres.
"Não se faz reforma dessa maneira. Nós vamos até Brasília, insistir para sermos recebidos pelo
ministro da Previdência (Ricardo
Berzoini), pelo da Casa Civil (José
Dirceu) ou até pelo Lula", disse,
em São Paulo, o presidente da
CUT, João Felício.
Segundo ele, os sindicalistas
também querem explicações do
governo sobre como irá funcionar o sistema dos fundos complementares de aposentadoria.
A proposta da CUT é dobrar o
teto das aposentadorias e discutir
um limite maior para a tributação
dos inativos. "Nossa esperança é
que essa reforma apresentada pelo governo seja apenas um bode
que eles resolveram colocar na sala, que os pontos principais possam ser alterados antes mesmo de
o texto chegar ao Congresso."
O presidente da CUT disse que
entidade está insatisfeita "com a
proposta e com a forma como ela
foi apresentada". Segundo ele, a
central foi surpreendida com o
anúncio pelo governo de pontos
que não haviam sido discutidos
com os sindicalistas.
"Rejeitamos essa proposta e vamos lutar para que ela preserve os
direitos dos trabalhadores, o que
não está acontecendo", disse.
A Força Sindical, outra central
importante, pretende discutir na
próxima semana se apoiará o que
foi proposto até agora pelo governo federal ou se fará críticas ao
projeto anunciado pelos petistas.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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