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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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CUT afirma que vai a Brasília pressionar PT

DA REPORTAGEM LOCAL

Os dirigentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) irão a Brasília na próxima semana pedir ao governo federal que altere pelo menos três pontos da proposta de reforma da Previdência antes de o texto ser enviado ao Congresso, provavelmente no dia 30.
A central, com sede em São Paulo, é a mais atuante na defesa dos interesses dos servidores públicos e está historicamente ligada ao PT de Luiz Inácio Lula da Silva.
A CUT discorda do teto de R$ 1.058 estipulado para a contribuição dos servidores inativos, do teto de R$ 2.400 para as aposentadorias do INSS e também do aumento na idade mínima para a aquisição do benefício -que passa a ser de 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres.
"Não se faz reforma dessa maneira. Nós vamos até Brasília, insistir para sermos recebidos pelo ministro da Previdência (Ricardo Berzoini), pelo da Casa Civil (José Dirceu) ou até pelo Lula", disse, em São Paulo, o presidente da CUT, João Felício.
Segundo ele, os sindicalistas também querem explicações do governo sobre como irá funcionar o sistema dos fundos complementares de aposentadoria.
A proposta da CUT é dobrar o teto das aposentadorias e discutir um limite maior para a tributação dos inativos. "Nossa esperança é que essa reforma apresentada pelo governo seja apenas um bode que eles resolveram colocar na sala, que os pontos principais possam ser alterados antes mesmo de o texto chegar ao Congresso."
O presidente da CUT disse que entidade está insatisfeita "com a proposta e com a forma como ela foi apresentada". Segundo ele, a central foi surpreendida com o anúncio pelo governo de pontos que não haviam sido discutidos com os sindicalistas.
"Rejeitamos essa proposta e vamos lutar para que ela preserve os direitos dos trabalhadores, o que não está acontecendo", disse.
A Força Sindical, outra central importante, pretende discutir na próxima semana se apoiará o que foi proposto até agora pelo governo federal ou se fará críticas ao projeto anunciado pelos petistas. (JOSÉ ALBERTO BOMBIG)


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