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SAIBA MAIS
Pacotes surgem após protestos ou assassinatos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pacotes recheados de promessas para a reforma agrária
têm vindo, nos últimos anos,
sempre a reboque de pressões,
por meio de marchas e invasões de terra e prédios públicos, ou de assassinatos de trabalhadores rurais sem terra.
Um caso emblemático ocorreu em 1996, quando 19 sem-terra foram assassinados em
confronto com policiais militares em Eldorado do Carajás
(PA). Duas semanas após o
massacre, sob pressões vindas
até do exterior, o governo Fernando Henrique Cardoso criou
o Ministério Extraordinário de
Política Fundiária, mais tarde
convertido no atual Ministério
do Desenvolvimento Agrário.
Para conter as críticas dos
sem-terra, o governo FHC também inflou os seus balanços de
reforma agrária. No lugar dos
supostos assentados, para
cumprir suas metas, havia terrenos baldios e camponeses
sem casa e estrutura básica.
Já no governo Lula, além do
pacote ambiental na Amazônia
lançado somente após o assassinato da missionária Dorothy
Stang, há outros dois casos que
indicam o trabalho do Planalto
a reboque das reivindicações
do MST e outras entidades.
Em novembro de 2003, em
menos de uma semana, o governo ampliou sua meta de 355
mil para 400 mil famílias assentadas porque, em meio a uma
marcha de 4.000 sem-terra a
Brasília, o primeiro anúncio foi
chamado de ridículo pelo MST
e de mesquinho pela CPT.
Já no início do ano passado,
às vésperas do "abril vermelho", Lula prometeu suplementar em R$ 1,7 bilhão o Orçamento do Desenvolvimento
Agrário, numa tentativa de
acalmar os sem-terra.
(EDS)
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