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Na Câmara,
líderes prevêem
dificuldades
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Líderes da base aliada ao
governo na Câmara dos Deputados afirmam que aumentou a dificuldade para
aprovar o salário mínimo de
R$ 260 na Casa, para onde
volta a medida provisória. A
principal condição dos deputados para apoiar o governo era que esse valor não
mudaria no Senado.
Essa preocupação já havia
sido levantada por líderes
aliados durante a semana.
"Se o Senado é bonzinho e
não quer cumprir os compromissos da política econômica, a Câmara não vai ficar
de vilã", disse o líder do PPS,
Júlio Delgado (MG).
O deputado Sandro Mabel
(GO), líder do PL, reforçou:
"A garantia que demos para
que a bancada votasse os R$
260 foi a de que o Senado
não alteraria", afirmou. "Na
reunião que tive com o Lula,
ele foi enfático em dizer que
ia se empenhar pessoalmente pelos R$ 260 porque é isso
que o país suporta", acrescentou o líder do PP, deputado Pedro Henry (MT).
O presidente da Câmara,
deputado João Paulo Cunha
(PT-SP), vai trabalhar pelos
R$ 260 para se fortalecer
com o Planalto. A medida
provisória já chega trancando a pauta da Casa. Na Câmara os R$ 275 foram derrotados por 266 a 167.
"A dificuldade aumentou,
mas também aumentou a
responsabilidade política da
Câmara", disse o líder do
PSB, deputado Renato Casagrande (ES). "Confio nos deputados", afirmou o líder do
governo, deputado Professor Luizinho (PT-SP).
(FERNANDA KRAKOVICS)
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