São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2004

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Na Câmara, líderes prevêem dificuldades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Líderes da base aliada ao governo na Câmara dos Deputados afirmam que aumentou a dificuldade para aprovar o salário mínimo de R$ 260 na Casa, para onde volta a medida provisória. A principal condição dos deputados para apoiar o governo era que esse valor não mudaria no Senado.
Essa preocupação já havia sido levantada por líderes aliados durante a semana. "Se o Senado é bonzinho e não quer cumprir os compromissos da política econômica, a Câmara não vai ficar de vilã", disse o líder do PPS, Júlio Delgado (MG).
O deputado Sandro Mabel (GO), líder do PL, reforçou: "A garantia que demos para que a bancada votasse os R$ 260 foi a de que o Senado não alteraria", afirmou. "Na reunião que tive com o Lula, ele foi enfático em dizer que ia se empenhar pessoalmente pelos R$ 260 porque é isso que o país suporta", acrescentou o líder do PP, deputado Pedro Henry (MT).
O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), vai trabalhar pelos R$ 260 para se fortalecer com o Planalto. A medida provisória já chega trancando a pauta da Casa. Na Câmara os R$ 275 foram derrotados por 266 a 167.
"A dificuldade aumentou, mas também aumentou a responsabilidade política da Câmara", disse o líder do PSB, deputado Renato Casagrande (ES). "Confio nos deputados", afirmou o líder do governo, deputado Professor Luizinho (PT-SP).
(FERNANDA KRAKOVICS)


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