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memória
Em 86, petista acusou Sarney de ser "grileiro"
DA REDAÇÃO
O discurso do presidente
Lula em relação ao Congresso mudou à medida que o petista trocou a oposição pelo
governo. Em 1993 ele declarou que, "de todos os deputados no Congresso, pelo menos 300 são picaretas".
Repetiu a crítica em 1994
("Aquilo que eu falei de 300 é
um pouco mais") e 1998
("Uma vez falei que havia
uns 300 picaretas no Congresso, mas a coisa só piorou"). Em 2002, com a vitória à vista, a retórica mudou.
Aceitou o apoio do senador
José Sarney, a quem havia
chamado de "grileiro", em
1986 ("Sarney não vai fazer
reforma agrária coisa nenhuma, porque ele é grileiro no
Estado do Maranhão"), e de
"ladrão", em 1987 ("Adhemar de Barros e Maluf poderiam ser ladrões, mas eles
são trombadinhas perto do
grande ladrão que é o governante da Nova República").
Na sua campanha à reeleição, Lula fez uma autocrítica:
"Eu me dei conta de quantas
vezes nós cometemos injustiças contra pessoas... Uma
coisa eu tenho tranquilidade,
Sarney: nunca lhe ofendi".
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