São Paulo, Sexta-feira, 18 de Junho de 1999
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MISTÉRIO EM AL
Peritos se reuniram ontem
Badan reconhece falhas no seu laudo

da Agência Folha, em Maceió

do enviado especial a Maceió

O médico legista Fortunato Badan Palhares reconheceu ontem em Maceió, pela primeira vez, que o seu laudo sobre as mortes de Paulo César Farias e Suzana Marcolino tem falhas de método.
Badan concordou com a afirmação do juiz Alberto Jorge Correia, segundo o qual são "frágeis" as premissas que levaram os autores do laudo a afirmar que Suzana matou PC e em seguida se suicidou.
"Nenhuma dessas falhas, porém, acaba comprometendo globalmente o laudo", disse o legista.
Em quase três anos, a única falha admitida por Badan era o "esquecimento" da altura de Suzana no laudo. Badan fez as afirmações no debate de sua equipe com os autores de um contralaudo sobre o caso, elaborado em 1997. Segundo o contralaudo, é improvável que Suzana tenha se suicidado e não há indícios de que tenha matado PC.
Badan reconheceu que a técnica empregada para recolher substâncias das mãos de Suzana foi "ultrapassada". Nas mãos de Suzana não foram encontrados elementos químicos típicos de quem atirou.
Para o legista Daniel Muñoz, o tiro que matou Suzana foi dado a 3 cm -Badan afirma que a arma estava colada no peito. O confronto entre os peritos começou às 15h17 e até as 20h não havia terminado.


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