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OPERAÇÃO SOCIAL
Presidente lança amanhã o cartão único; mudança é o primeiro passo na reestruturação do governo
Lula unifica programas e leva projeto à ONU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O governo anuncia amanhã a
unificação de seus programas sociais, primeiro passo da reestruturação de governo que será concluída na reforma ministerial.
Essa unificação será vendida
por Lula na abertura da 58ª Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em
Nova York, na próxima terça, como um exemplo para que a chamada "agenda do combate à pobreza" se transforme num dos
principais assuntos nas relações
entre países ricos e pobres.
Lula deverá participar hoje, às
9h, da reunião final para definir a
estratégia de divulgação do cartão
unificado. O encontro deveria ter
ocorrido ontem à noite com a
presença do presidente, mas, segundo sua assessoria, ele preferiu
examinar a campanha só hoje.
Mesmo sem o presidente, a reunião aconteceu com os ministros
José Dirceu (Casa Civil), José Graziano (Segurança Alimentar),
Humberto Costa (Saúde), Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social), Cristovam Buarque (Educação) e Luiz Gushiken
(Comunicação de Governo), a assessora especial Miriam Belchior
e o publicitário Duda Mendonça.
Todos deverão participar do encontro com o presidente hoje.
O conceito principal da campanha publicitária será a evolução
dos programas sociais, simplificados em um único cartão -hoje
os seis programas de repasse de
verba a famílias pobres são administrados por cinco ministérios.
A idéia é não criticar nem fazer
referências aos programas do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. A cerimônia de lançamento do programa de transferência unificada de renda será
amanhã, às 10h30, no Planalto.
Além dos ministros responsáveis
pelas áreas sociais, foram convidados governadores e prefeitos.
A coordenação do programa
único ficará ligada à Presidência.
A instituição do programa unificado não irá modificar de imediato a situação das famílias que já
recebem o cartão-alimentação do
Fome Zero ou o Bolsa-Escola. Os
cartões antigos continuarão valendo e deverão ser substituídos
com o tempo. O governo prevê
um período de transição.
O objetivo do programa unificado é, numa primeira fase, atender 4 milhões de famílias.
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