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MST recusa fazenda provisória em MG
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BURITIS
O MST do noroeste mineiro recusou ontem a oferta, em regime
de comodato, de uma fazenda de
247 ha cedida pelo defensor público Luiz Guilherme de Salles
Miers, de Belo Horizonte.
A recusa ocorreu em audiência,
em Buritis (a 722 km de Belo Horizonte), da Vara de Conflitos
Agrários de MG, convocada por
conta da tensão na região. Na última semana, o MST invadiu duas
fazendas e as duas agências bancárias da cidade.
A oferta foi uma "carta na manga" do juiz da Vara de Conflitos
Agrários, Cássio Salomé, que a
apresentou após o esgotamento
das propostas de acordo feitas para fazendeiros e sem-terra.
A fazenda seria cedida ao MST
por o período de uma safra, enquanto o Incra buscasse áreas para assentar 1.200 famílias cadastradas pela autarquia em Buritis.
A reportagem não conseguiu localizar o defensor público.
Para o MST, a fazenda é longe
da sede do município (cerca de 20
km), não tem boas condições para plantio e não é passível de reforma agrária, por ser pequena.
Jorge Xavier, um dos líderes do
MST na região, afirmou durante a
audiência que o projeto do movimento é criar um "cinturão verde" no entorno de Buritis, valendo-se de terras de fazendeiros nos
arredores da cidade. A audiência
de ontem, com a presença de representantes do Incra e da ouvidora agrária nacional substituta,
Maria de Oliveira, terminou sem
acordo. O juiz decidiu em caráter
liminar pela reintegração de posse
da fazenda Buritis.
(TG)
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